O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, janeiro 28, 2008

As Vozes da Deusa se Expressam

"Se vocês segurassem a mão de todos e de cada ser no mundo, o que sentiriam?

A vibração, o sangue da vida, o fio comum que bate e percorre todas as suas veias. E é isto o que os une em vitalidade. O seu sangue é mais precioso do que vocês pensam. Ele está codificado com a memória, não apenas da linhagem da sua família, mas de sua linhagem estelar. Quem são vocês? De onde pensam que surgem? Por que a sua fascinação com as estrelas e o seu impulso em alcançá-las?

Lembrem-se, lembrem-se, lembrem-se quem são vocês? Uma vez que eu fui escondida nas névoas da história – e percebam que alguns a chamam de sua história e não da história dela – que é sempre escrita pelos vencedores. Agora, na verdade, eu sou re-lembrada. Re-membrada. Meus pedaços se uniram novamente, e eu me tornei íntegra. É o momento para o início do grande equilíbrio, da grande equalização. Foi o tempo do patriarcado por tempo suficiente. O feminino não surge. Ela se expande. Ela fui e reflui; ela espera e ela recebe.

Imaginem que vocês sejam uma caverna que se abre para receber o mar. Secreto e profundo, quando o mar recua, vocês podem entrar, e quando o mar se eleva novamente, vocês estão cheios de água e escondidos. O feminino divino, o grande mistério: profundo como a caverna, mas mais, mais e mais repleta de significado. As Vozes da Deus se lamentam e aguardam. Elas querem ser ouvidas.


MARIA MADALENA...
AS VOZES DA DEUSA
SE EXPRESSAM

Eu sou o ventre da terra. Eu sou os sulcos dos campos. Eu sou a cúspide da lua. Eu sou as gotinhas da chuva. Eu sou as ondas do oceano. Eu venho com os feixes do trigo para alimentá-los, com cestas de frutas para abençoar a sua mesa e com água transparente e fresca para saciar a sua sede. Eu sou a essência generosa da vida. Eu sou a condutora das crianças, não para matarem e serem assassinadas, mas para apoiarem a vida, plantarem sementes, produzirem colheitas, nutrirem a vida.
Ah, amor, amor, amor do meu coração, sejam verdadeiros comigo. Sejam verdadeiros
com a Terra.
Não sejam mais um seguidor dos caminhos insensatos. Corram ao vento comigo em seu cavalo selvagem. Deixem o seu cabelo fluir livremente. Encontrem o seu centro. Sintam a força que pulsa deste ponto. O centro é o ponto focal do padrão, como a tecelagem de uma rede de aranhas ou o lançamento do seixo que agita o lago. Comecem no centro e realizem o seu caminho para fora. Mas se vocês se distanciarem muito do centro, ficarão perdidos e preocupados em não poderem encontrar o seu retorno. Eu estou aqui para ser sentida por todos vocês. Eu sou uma força silenciosa. Eu estou implícita no silêncio, nas sombras. Vocês podem ter dificuldade em ouvir a minha voz, desde que o bramido do homem tem me subjugado muito. Mas eu ainda estou aqui. Voltem ao lugar mais simples, ao silêncio, à paz. É lá que vocês ouvirão a minha voz, sentirão o meu batimento cardíaco. Comecem pelo início.
"
(...)

EXCERTO DE:
A Preciosidade da Energia Feminina
Maria Madalena e as Vozes da Deusa
- através de Suzanne Gould 2007
- OBRIGADA JÚLIA POR ESTE TEXTO MARAVILHOSO E VIVO NA NOSSA MEMÓRIA
A ACORDAR PARA O SAGRADO FEMININO, COMO UM SANGUE NOVO A FERVILHAR NAS NOSSAS VEIAS E NAS NOSSAS CONSCIÊNCIAS....

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