O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, novembro 23, 2008

O QUE EU ONTEM NÃO DISSE...


Sinto-me ligada a algo que me sustem e está acima de tudo o que é bom ou mau…Algo que é Mãe, que é Mar…que é amar. Algo essencial, interior, como um ritmo doce, um respirar. Podia até dizer que me sinto inspirada…inspirada ou respirada. Respirada por algo que em mim se abre como uma rosa de mil pétalas…que é como um rio que corre ou brota da nascente sem saber onde vai desaguar.
As palavras são as margens em que essa água desliza…as palavras que são banhadas pela sua frescura ou doçura ou canto…ouço-a rejubilar.
São as águas matriciais, as águas abençoadas das fontes e dos lagos…as águas da Deusa Mãe.
É ela quem me abraça e embala no seu canto. É a Terra e a Natureza inteira que em mim respira e espera este enlace, este respeito, este amor por todos os elementos, pelas árvores, plantas, flores, animais, peixes; tudo o que habita nesta terra e neste mar; tudo o que nasce e morre ao abrigo das mesmas e eternas leis, desde o princípio dos tempos e que o Homem deixou de respeitar e destruiu pela força da espada…
Mas a Mãe espera, a Natureza anseia este diálogo, este fervor, esta união da Mulher e da Deusa, o restaurar do Feminino Sagrado e a união verdadeira com o homem e o céu.

E é o Cálice, o Cálice da Vida que contém o sangue da Deusa Mãe, que nos regenera todos os dias e liga às profundezas da Terra que hoje devemos erguer nas nossas mãos, no nosso coração, e elevá-lo ao Céu e agradecer.
Agradecer este respirar, este ar, tal com este mar imenso que nos rodeia e que e que é A Mar …

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Gostaria de ter ontem lido esta mensagem que era a mensagem do meu coração, mas a circunstância não o proporcionou...Estas eram a s palavras que eu gostaria de ter lido...mas disse as palavras que o momento me pediu. Às vezes há um estranho pudor em expor assim o coração...em usar palavras poéticas ou demasiado sentidas...às vezes tem-se de ser formal e responder ao que o exterior nos pede...mas sinto-o como uma certa traição a mim mesma...



6 comentários:

Anónimo disse...

LIndas e sábias palavras Rosa,revelam a alma de poetisa,inspirada pela Musa,parabéns,agora estou aguardando a chegada do livro no Brasil,bjus

Anónimo disse...

Foi um final de tarde especial.
Obrigado.
Cristina Fernandes
www.omomentocerto.blogspot.com

Marian - Lisboa - Portugal disse...

Partilhamos o mesmo encantamento por esse berço primordial que é o mar....
deixei aqui (http://fairyaril.blogspot.com/)uma referencia ao s/ blog.
Ainda estou devendo o mail que falei e nao tive a menor hipotese de ir de tal modo as coisas tem sido alucinantes... mas espero breve adqurir o livro
Grande abraço

Anónimo disse...

oBRIGADA cRISTINA POR TER APARECIDO!

Espero que possamos trocar algumas impressões e beber um cafezinho um dia destes.

um abraço

rosa leonor

Anónimo disse...

Anna:

grata pelas suas palavras...é gratificante sentir a presença da musa. Você deve sabê-lo...de facto os meus dois primeiros livros são de poesia, mas este é só Prosa...esta que você já conhece.

estou a pensar uma maneira de fazer chegar o livro ao Brasil...

um abraço

rosa leonor

Anónimo disse...

Obrigada Marian:

Pena você não ter ido, foi mais uma oportunidade que se perdeu de um primeiro encontro...obrigada pela sua nomeação!

um abraço

rosa leonor