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(...) in Violência psicológica, Maria da Penha Vieira
- "Encontro-me em situação de violência psicológica e não sei como sair disso..."
- Esta situação é tremendamente comum e apesar de hoje em dia começar a ser retratada em cinema e telenovelas, mesmo debatida em conferências muito bem-intencionadas, nunca é tratada de forma correcta e em profundidade, com as questões essenciais como referência, que para mim são evidentemente a divisão da mulher em si mesma e a sua falta de consciência do verdadeiro feminino. O que a mulher enfrenta social e familiarmente e por consequência a nível psicológico tem a ver sobretudo e basicamente com essa divisão interna do seu ser como o cerne de toda a questão. Ao olharmos apenas para os aspectos económicos e sociais, a falta de dinheiro, de educação ou de cultura como as únicas causas de abuso sexual e psicológico que a mulher sofre, estamos a afastar-nos do âmago do problema. Todo o ataque verbal ou físico à mulher, por mais cultura que tenha, passa pelos antigos tabus e conceitos religiosos ou preconceitos machistas relacionados com essa divisão das mulheres em duas pela igreja de Roma e o sentido de posse e de direito de ajuizar que o homem, seja ele o marido o político ou o padre, ainda têm sobre a mulher em todo o mundo.
Quantas mulheres de nível social e cultural elevado não são violentadas e abusadas pelos maridos, como citei há dias o caso de uma mulher jovem que a família, católica com certeza, achava que o desentendimento entre o casal e a violência sobre a mulher, são coisas de foro íntimo e não devem ser faladas?
A mulher é como se fosse um ser expiatório de todos os males. A mulher é como se fosse um saco roto sobre o qual recai toda a miséria do Homem como sendo ela a Culpada dos males da humanidade de acordo com o que é apontado na Bíblia (associada ao diabo) e outros livros ditos “sagrados” (Sagrado é o corpo da Mulher e Mãe) e isso se perpetuasse e propagasse ad infinito sem que ninguém queira ver isso porque teria de por em questão a ordem do mundo patriarcal. Mas é esta ideia e este sentimento que o inconsciente colectivo carrega como informação básica dos males do mundo e descarrega impiedosamente sobre a mulher. A mulher tem servido de cobaia para o descarregar todo o tipo de frustrações acumuladas pelo homem e é a vítima principal de todas as desgraças…
- Esta situação é tremendamente comum e apesar de hoje em dia começar a ser retratada em cinema e telenovelas, mesmo debatida em conferências muito bem-intencionadas, nunca é tratada de forma correcta e em profundidade, com as questões essenciais como referência, que para mim são evidentemente a divisão da mulher em si mesma e a sua falta de consciência do verdadeiro feminino. O que a mulher enfrenta social e familiarmente e por consequência a nível psicológico tem a ver sobretudo e basicamente com essa divisão interna do seu ser como o cerne de toda a questão. Ao olharmos apenas para os aspectos económicos e sociais, a falta de dinheiro, de educação ou de cultura como as únicas causas de abuso sexual e psicológico que a mulher sofre, estamos a afastar-nos do âmago do problema. Todo o ataque verbal ou físico à mulher, por mais cultura que tenha, passa pelos antigos tabus e conceitos religiosos ou preconceitos machistas relacionados com essa divisão das mulheres em duas pela igreja de Roma e o sentido de posse e de direito de ajuizar que o homem, seja ele o marido o político ou o padre, ainda têm sobre a mulher em todo o mundo.
Quantas mulheres de nível social e cultural elevado não são violentadas e abusadas pelos maridos, como citei há dias o caso de uma mulher jovem que a família, católica com certeza, achava que o desentendimento entre o casal e a violência sobre a mulher, são coisas de foro íntimo e não devem ser faladas?
A mulher é como se fosse um ser expiatório de todos os males. A mulher é como se fosse um saco roto sobre o qual recai toda a miséria do Homem como sendo ela a Culpada dos males da humanidade de acordo com o que é apontado na Bíblia (associada ao diabo) e outros livros ditos “sagrados” (Sagrado é o corpo da Mulher e Mãe) e isso se perpetuasse e propagasse ad infinito sem que ninguém queira ver isso porque teria de por em questão a ordem do mundo patriarcal. Mas é esta ideia e este sentimento que o inconsciente colectivo carrega como informação básica dos males do mundo e descarrega impiedosamente sobre a mulher. A mulher tem servido de cobaia para o descarregar todo o tipo de frustrações acumuladas pelo homem e é a vítima principal de todas as desgraças…
O Homem, ao ir à prostituta "em busca de prazer" vai é descarregar a sua raiva até ao ponto de a assassinar, exerce a mesma violência que em casa, esta, digamos, de forma atenuada, desde o exercício “normal” da sua sexualidade à violência doméstica, apreendida e acentuada ainda através da pregação religiosa da submissão da mulher, da publicidade e dos média em geral e da violência cinematográfica. Seja no mito do amor romântico, em que ela é adulada, por suposto numa falsa imagem, seja na abjecção da mulher através da pornografia, em que a mulher é sempre instrumentalizada, o que podemos ver nesses filmes é o reflexo de uma só e a mesma coisa: o ódio e o medo ancestral do homem de um ser que lhe escapa ao entendimento, porque baseado na divisão da mulher entre a santa e a puta…
A mulher é o objecto de descarga emocional e sexual do homem, ela é a causa da sua felicidade nunca alcançada e a causa da sua permanente infelicidade e ele acaba por a possuir pela violência e pelo ódio…Mesmo quando diz amá-la, vinga-se na mulher, na amante e na mãe, na filha, de todos os infortúnios e frustrações e ignorância…Ela aceita e sofre porque não é nada sem o Homem …e ele, que não é nada sem ela de facto, se a não pode amar porque não sabe quem ela é, só a pode odiar e maltratar…porque a mulher que ele quer é inconciliável…ele quer as duas e é obrigado a escolher entre uma metade, a casta esposa e a outra metade, a prostituta.
O ciclo é vicioso e está viciado em todos os sentidos. Mas o mais grave é a mulher que acaba por absorver essa violência física ou psicológica, implícita em tudo ou tácita e acaba odiando-se a si e às outras mulheres. Ela está contra a sua natureza essencial, ela está envenenada de detritos do homem, desde os seus preconceitos, à energia da raiva e do ódio, ao esperma infectado de vírus…e ela, a cobaia, a vítima, sofre e adoece em 90% dos casos de cancro da mama e do útero ou dos ovários.
Porquê urge perguntar? Porque sofre e morre a mulher afectada por doenças de foro sexual e principalmente ao nível dos seus órgãos reprodutores?
E a “ciência”, que não quer saber e também não vai à origem das doenças nem conhece as suas causas, só descobre os “remédios” os químicos e os analgésicos, os anti-depressivos, para todas as dores… que remedeiam, que atenuam os sintomas, mas que acabam por causar maior sofrimento pela alienação do seu ser natural provocando outras doenças a curto ou longo prazo…Ao tomar esses medicamentos, como a pílula desde cedo muito cedo para não engravidar, que alteram o sistema nervoso, ansiolíticos ou calmantes para se manter em pé e outros químicos de prevenção, há uma óbvia fragilização interna na mulher a nível celular, hormonal e endócrina, para além da manipulação psicológica e cultural que se baseia à priori numa inferiorização consentida e ainda propagada por todos os meios de diversão na alienação social da mulher, do seu corpo e da sua sexualidade, servindo-se dela de todas as maneiras como uma espécie feita para o efeito, como há uma centenas de anos era legítimo ter escravos para servir a sociedade feudal. A mulher e a sua imagem continua a ser um ser que se usa para entretenimento a todos os níveis…como um ser de segunda que se descarta ou sobre quem se descarrega a violência e a frustração e isso é o que tem de ser visto à luz de outra verdade, não social nem política, mas espiritual e dentro de um novo paradigma.
Não se pode defender um estatuto da mulher e a sua dignidade de um lado, como pretendem os políticos e intelectuais e por outro ela continuar a servir de caixote de lixo de todas as indignidades…ela é feira da pornografia, ela é cobaia científica, ela é uma boneca insuflável de silicone, escrava do alterne, da moda e dos cosméticos, dos médicos e proxenetas…explorada e morta, no Islão, em África na Índia ou no Ocidente sem apelo nem agravo.
A única maneira de sair desta situação é cada mulher de per se começar a tomar consciência da sua divisão interna e perceber que ela tem um valor intrínseco, um poder pessoal, feminino, um saber ancestral que vem no seu sangue e uma liberdade de ser que só essa consciência lhe poderá dar aos poucos, pela integração das duas mulheres em si e através da sua capacidade de reunir os pedaços, os fragmentos do seu ser dividido. É preciso que a mulher atinja, não o famoso e ignorado ponto G, que não é de um prazer sexual desconhecido, mas o de um poder interno que toda a mulher tem no seu útero, no seu sangue e no seu coração.
Só despertando esse Poder que já está dentro de si, essa consciência do seu ser profundo, a Mulher começará a sentir-se íntegra e confiante em si mesma, deixando de entregar o seu poder pessoal ao homem, ao amante, ao padre, ao médico, aos políticos, aos depressivos, aos ansiolíticos ou às operações plásticas…
MULHER, ACORDA PARA O TEU VERDADEIRO SER, O SER QUE JÁ ÉS.
SÓ TE FALTA ABRIR ESSA PORTA QUE ÉS TU PRÓPRIA PARA PERDER O MEDO DOS QUE NEGARAM O TEU PODER PARA REINAR IMPUNEMENTE SOBRE TI E SOBRE A TERRA.
RLP
O ciclo é vicioso e está viciado em todos os sentidos. Mas o mais grave é a mulher que acaba por absorver essa violência física ou psicológica, implícita em tudo ou tácita e acaba odiando-se a si e às outras mulheres. Ela está contra a sua natureza essencial, ela está envenenada de detritos do homem, desde os seus preconceitos, à energia da raiva e do ódio, ao esperma infectado de vírus…e ela, a cobaia, a vítima, sofre e adoece em 90% dos casos de cancro da mama e do útero ou dos ovários.
Porquê urge perguntar? Porque sofre e morre a mulher afectada por doenças de foro sexual e principalmente ao nível dos seus órgãos reprodutores?
E a “ciência”, que não quer saber e também não vai à origem das doenças nem conhece as suas causas, só descobre os “remédios” os químicos e os analgésicos, os anti-depressivos, para todas as dores… que remedeiam, que atenuam os sintomas, mas que acabam por causar maior sofrimento pela alienação do seu ser natural provocando outras doenças a curto ou longo prazo…Ao tomar esses medicamentos, como a pílula desde cedo muito cedo para não engravidar, que alteram o sistema nervoso, ansiolíticos ou calmantes para se manter em pé e outros químicos de prevenção, há uma óbvia fragilização interna na mulher a nível celular, hormonal e endócrina, para além da manipulação psicológica e cultural que se baseia à priori numa inferiorização consentida e ainda propagada por todos os meios de diversão na alienação social da mulher, do seu corpo e da sua sexualidade, servindo-se dela de todas as maneiras como uma espécie feita para o efeito, como há uma centenas de anos era legítimo ter escravos para servir a sociedade feudal. A mulher e a sua imagem continua a ser um ser que se usa para entretenimento a todos os níveis…como um ser de segunda que se descarta ou sobre quem se descarrega a violência e a frustração e isso é o que tem de ser visto à luz de outra verdade, não social nem política, mas espiritual e dentro de um novo paradigma.
Não se pode defender um estatuto da mulher e a sua dignidade de um lado, como pretendem os políticos e intelectuais e por outro ela continuar a servir de caixote de lixo de todas as indignidades…ela é feira da pornografia, ela é cobaia científica, ela é uma boneca insuflável de silicone, escrava do alterne, da moda e dos cosméticos, dos médicos e proxenetas…explorada e morta, no Islão, em África na Índia ou no Ocidente sem apelo nem agravo.
A única maneira de sair desta situação é cada mulher de per se começar a tomar consciência da sua divisão interna e perceber que ela tem um valor intrínseco, um poder pessoal, feminino, um saber ancestral que vem no seu sangue e uma liberdade de ser que só essa consciência lhe poderá dar aos poucos, pela integração das duas mulheres em si e através da sua capacidade de reunir os pedaços, os fragmentos do seu ser dividido. É preciso que a mulher atinja, não o famoso e ignorado ponto G, que não é de um prazer sexual desconhecido, mas o de um poder interno que toda a mulher tem no seu útero, no seu sangue e no seu coração.
Só despertando esse Poder que já está dentro de si, essa consciência do seu ser profundo, a Mulher começará a sentir-se íntegra e confiante em si mesma, deixando de entregar o seu poder pessoal ao homem, ao amante, ao padre, ao médico, aos políticos, aos depressivos, aos ansiolíticos ou às operações plásticas…
MULHER, ACORDA PARA O TEU VERDADEIRO SER, O SER QUE JÁ ÉS.
SÓ TE FALTA ABRIR ESSA PORTA QUE ÉS TU PRÓPRIA PARA PERDER O MEDO DOS QUE NEGARAM O TEU PODER PARA REINAR IMPUNEMENTE SOBRE TI E SOBRE A TERRA.
RLP
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