O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, julho 25, 2009

O CONHECIMENTO ONTOLÓGICO


"O ENCONTRO COM O NOSSO ANJO"



NUMA PÁTRIA...




“E agora, todo o esgotamento e dor sentido por todos nós aqui numa pátria, é o da iminência. Do rebentar desse fruto-segredo. Que se sabe ser para já. E que se sabe, duplamente ser rebentar por ele só, quando ele quiser, mas que humanamente terá, precisará da nossa ajuda - aqui na, ou como, manifestação. E é este ajudar, colaborar, serviço necessário, e perigosíssimo e irreversível, o que faz tremer. Porque tudo, nesse último momento, é frágil e indelével, e por nossas mãos ficará marcado para todo o sempre da sua vida. (Vida, como sua ulterior história, existência, vida, fazendo-se, desabrochando de novo sobre a terra.) Neste acto último de dar à luz.
É esta iminência, em dor e sangue desta hora. Numa pátria”.

Dalila Pereira da Costa, A Nau e o Graal

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Dalila Pereira da Costa escreveu sobre o livro "Aventuras do Ego de Todos Nós .... ":

"...E me alegro de vê-la continuando esse trabalho (de todos nós), o mais difícil: a busca do nosso vero eu, o que nos dará, ou permitirá, o encontro de nosso anjo.

Gostei que tivesse escolhido para esta transferência simbólica, uma casa: que agora nenhum significado possui para nossos contemporâneos. E que tivesse valorizado com suas "neblinas", a cave. Onde reside a "Mãe Velha", sabedoria de origem, e suprema. Ajudando o ser vero a sair de todos os sucessivos, frustrantes e ilusórios caminhos por si criados. Até à libertação anceada na luz, na identidade encontrada: "conhece-te a ti próprio" - lema supremo.
Terra e céu foram creados no primeiro dia. Assim também por nós têm de ser conhecidos
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A transcendência e consciência ontológica que falta a Saramago....

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