O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 01, 2009

quando atravessamos o sofrimento...


APRENDER COM A VIDA...

O ANEL DE NIBELUNGO

“ Há vários milhares de anos, desde a que as tribos guerreiras indo-europeias com deuses do céu subjugaram os pacíficos povos adoradores de deusas na velha Europa, a patriarquia ocidental manteve activamente os valores e a autoridade femininos, as deusas e as mulheres, no “seu lugar”, que é o mesmo que dizer que tudo o que é considerado feminino foi dominado, denegrido, negado e activamente oprimido.
(…)
As Árvores e nascentes eram sagradas para a deusa e para os druidas. Assim o freixo do mundo e a nascente também são símbolos da deusa. Construíram-se igrejas em cima dos lugares sagrados nas Ilhas britânicas e na Europa. Os povos que aí prestavam culto foram perseguidos e ultrajados como pagãos e idólatras pelos cristãos.
(…)
Regressar à consciência neste tempo de transição é uma crescente tomada de consciência da sabedoria feminina e da sua repressão, uma recordação mantida viva na mitologia que descrevem o desaparecimento da Deusa da Sabedoria.
(…)
PARA ALÉM DE VALHALLA:
COMO UMA DIMENSÃO PESSOAL PÓS-PATRIARCAL

(…)
A patriarquia tem um profundo domínio sobre as nossas vidas interiores, da mesma maneira que o poder domina o mundo exterior em que vivemos. Se o Valhada (o Castelo de Vottan) desaparece e o anel de poder é resgatado pelo self, é coisa que cada um de nós tem de decidir por si, se for capaz.
O exemplo de Brunnhilde (a valquíria, filha de Vottan) mostra-nos o que podemos aprender com a vida. Quando atravessamos o sofrimento, aceitando a nossa sombra em lugar de a projectarmos sobre os outros, enfrentamos a verdade com compaixão, e temos a coragem de agir com integridade, as nossas defesas e recusas ficam para trás e podemos ver com clareza, e saber o que verdadeiramente importa. Descobrimos então que possuir alguém ou alguma coisa, obter poder sobre os outros, tornar-se famoso agora ou na vida futura, ou conseguir vingança, já não são metas compulsivas. Só então é que é provável que descubramos que existe uma fonte de sabedoria e de cura no mais profundo de nós, que é ouro puro da psique, o amor.
(...)
Excertos do livro O ANEL DO PODER de Jean Shinoda Bolen
(ANÁLISE YUNGUIANA DA ÓPERA DE WAGNER O ANEL DE NIBELUNGO)

2 comentários:

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Eu consegui o livro pela internet...preferia ter o livro em mãos pos a sensação é outra... nela ha o aconchego do livro e da palvra ,a possiblidade de se mexer e de sentir o aroma e o calor do livro:o cuidado d não suja lo com o suor de nossas mãos avidas de saber....Mas o que importa é a mensagem e não a forma como ela é dada não é mesmo?
Ainda estou lendo o e te garanto me indentifiquei com muita coisa.Como a Deusa Erda a sabedoria do fundo da Terra.Não é o Pai Celeste(Wotan) que detem a sabedoria e sim a Mãe Terra.É bom que saibamos disso.

Abraços sinceros

rosaleonor disse...

Que bom você estar a ler o livro!!!

e gostar tanto de livros...
esperemso que a nossa sábia mãe terra nos ajude a superar todas as crises, as nossas pessoais e as do mundo.

um grande abraço

rleonor