O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 13, 2009



Surekha passou quase toda a sua vida nesta jaula com 1x2 metros, num bordel em Mumbai, India. Aqui, ela dorme, prepara as suas refeições, guarda os seus poucos objectos - e foi aqui que ela serviu o cliente que a infectou com HIV



in National Geographic, Setembro 2003



Escravos

As dívidas condenam famílias ao cativeiro durante várias gerações.

Por vezes, pensamos que a escravatura é coisa do passado e as magens que dela temos tendem a remontar ao século XIX: trabalhadores rurais negros agrilhoados. "Nessa época, a escravatura prosperava devido à falta de mão de obra", explica Mike Dottridge, antigo director da Anti-Slavery International, fundada em 1839 para dar seguimento à campanha que já abolira a escravatura no Império Britânico. Em 1850, segundo os estudos sobre escravatura feitos pelo especialista Kevin Bales, o preço médio de um escravo elevava-se a cerca de 35.200 euros, em dinheiro actual.
(...)
"Hoje, as pessoas vulneráveis são aliciadas para a escravatura com dívidas, ns esperança de uma vida melhor. Há muitos seres humanos nessas condições, porque há muita gente desesperada no mundo."
(...)
Embora a globalização tenha facilitado a movimentação de bens e dinheiro em todo o mundo, a compra e venda de seres humanos é um negócio rendível porque quem pretende deslocar-se para os locais onde há emprego enfrenta restrições cada vez mais rígidas em matéria de migração.
Quem não consegue migrar legalmente, ou pagar legalmente, ou pagar adiantado o dinheiro exigido para passar a fronteira de forma clandestina, acaba quase sempre nas mãos das máfias de traficantes.

in http://adufe.weblog.com.pt/arquivo/011375.html

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