O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, julho 26, 2009

O CORPO DA MULHER OBJECTO, O CORPO MERCADORIA...

(...) Assim a revolução sexual se desvirtuou, não levou o ser humano a liberação, mas a um novo encadeamento, do encarceramento do pecado para a prisão do mercado.
Tal revolução ainda está por vir e a doença emocional ainda grassa por aí, se assim não fosse Reich não teria morrido na cadeia, nem Osho envenenado.
O corpo, antes objeto de pecado passou para objeto de mercado, mas ainda assim permanece objeto, não é parte da totalidade do ser, é coisa (objeto) possuída pelo ego, que ao ter parte de si tornada objeto se aliena de si mesmo, de sua totalidade e, portanto não pode ser feliz e completo.
Quase parafraseando Crowley com seu "pecado é restrição", o mercado diz: "pecado é não lucrar, ter prejuízo, fracassar". Assim os canalhas que se dão bem são perdoados e para o fracassado, o "looser" resta apenas a culpa. Eis a lógica de mercado, a ética do lucro. E o gozo do mercado é o lucro, assim os poderosos desse mundo incrementam seu "sex appeal". Assim o dinheiro no bolso se torna o viagra dos investidores e o carrão do ano potencializa o desejo de seus donos.

Ser liberado sexualmente, dentro do paradigma vigente e doente
, é não ter culpa para gozar dos prazeres do objeto de mercado no qual o corpo se tornou. Corpo dotado de extensões que do carrão, passam pelo dinheiro, chegam ao implante, todas como muletas do falocratismo.

A liberação sexual é a nova escravidão aos padrões impostos pelo mercado.
A "liberação sexual" tornou o corpo da mulher um objeto que pode, por exemplo, ser amputado pela medicina oficial com facilidade, lhe arrancando útero, trompas, seios e glândulas sob a desculpa de prevenir certas doenças. Uma mulher que menstrua aos 50 é visto como abominação por certos médicos. O próprio homem não percebe que ele sempre foi um objeto também. Seu poder seminal que carrega em cada ejaculação o poder de repovoar países inteiros, se para cada espermatozóide houvesse um óvulo, não é se quer visto, dentro de uma perspectiva energética e de ecologia do habitat que é o corpo, como um enorme desperdício, para não dizer um genocídio seminal. Quando se fala nisso as pessoas nem se quer compreendem. Estão presas em certos paradigmas e se consideram liberadas.

E o mercado não pode atender as reais necessidades humanas por totalidade, porque o mercado trata tudo como objeto, objeto com uma finalidade: o lucro. Assim continuamos insatisfeitos, ansiando, ansiosos, neuróticos, consumindo pílulas, viagras, camisinhas, lubrificantes, antidepressivos e por aí vai.
Assim a maior dificuldade hoje nos relacionamentos é a capacidade de interagir sem usar o outro. Para tal é necessária uma sexualidade que destituída de culpa e também da idéia de objeto, veja a si mesma como uma expressão da totalidade humana que não se manifesta apenas no nível genital. A capacidade de prazer se estende por todo o corpo, por todos os corpos, por todos os chacras e se apresenta em sua totalidade como um êxtase que remete a um orgasmo universal. Para tal é preciso quebrar paradigmas relativos a expressão da sexualidade, aprender a concentrar, ampliar e potencializar a força vital que há em homens e mulheres.
(...)
Ao intentar meditar não se está buscando uma auto-terapia anti-stress, na verdade o que se está buscando é manifestação plena do espírito que há no corpo em íntima comunhão: êxtase, iluminação, satori, shunyata.
Num primeiro momento o meditar é a capacidade de sentir a própria vibração do corpo como um primeiro êxtase, a própria satisfação em estar vivo, a satisfação que brota espontânea do corpo que pulsa em sua própria força vital, para então, mais a frente sentirmos a pulsação da própria força vital do Outro, da Vida, do Cosmos, da Terra, do Universo.A.F.
LER NA ÍNTEGRA: http://pistasdocaminho.blogspot.com/

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