O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, dezembro 30, 2011

A GUIZA DE BALANÇO


O NOVO ANO QUE AÍ VEM…

 Congratulo-me hoje deste espaço a que me dedico de alma e coração, porque ele reúne um leque de mulheres extraordinárias, todas muito diferentes umas das outras…mas todas empenhadas em acrescentar algo ao grupo e que dão o melhor de si e outras que se zangam e saiem o que eu entendo e nem por isso fico zangada ou sinto qualquer animosidade. Já aconteceu…e aconteceu desde o chamarem-me de tudo…madre superior de um Convento, controladora das mulheres (sadomasoquista?) … vampira ou convencida e arrogante…ou ”menina mimada”…snobe e elitista etc. Mas todos esses mal entendidos não abalaram um trabalho de anos que no fundo de mim é e continua a ser solitário, amadurecido pelos anos, pois o Amor e a Consciência da Deusa em nós firma-se no nosso interior e não está sujeita as flutuações do humor alheio, nem é afectada pelos acontecimentos exteriores. Pode desanimar-me por momentos, mas depois torna-nos mais fortes!

Sabemos desde os séculos e das histórias que há sempre as filhas rebeldes que não suportam qualquer ordem ou tutela, que não querem qualquer disciplina e ordem e julgam que agredindo se esquivam à relação porventura conturbada com a Mãe...ou com a outra mulher que lhes espelha a mulher mais forte ou a mulher perigosa a mulher fatal ou a mulher submissa etc.

São as deusas do caos…nunca nada para elas está bem…Elas não criam nada mas rebatem tudo o que se faça…caminham na negação…muitas vezes traem e traíram a Grande Mãe, mas todas cumprem uma missão, todas fazem o seu papel nos ciclos da roda da vida.

Há ainda as que vêm e roubam da caixa de jóias da Mãe (a caixa de Pandora?) tudo o que podem, pérolas preciosas...ou segredos perigosos em mãos incertas, e são como as meninas que põem os colares e saltos altos ou o vestido de decote da  Mãe, antes de amadurecerem…e que usam por vaidade como se fossem delas...e depois caem das alturas falsas…

Mas há sobretudo as mulheres que são fiéis a si mesmas e por isso nada temem, nem as diferentes idades, nem as diferenças de cultura ou educação ou referência social, porque sabem que tudo faz parte da vida e que há um tempo para tudo e que esse tempo corresponde ao tempo da mãe da filha e da anciã…e pacíficas, serenas seguem a ordem ancestral das mulheres sábias…e há as que gostam de agradar apenas ou as que corroboram as ideias, partilham outras e que dão-se sem reservas, como há as que são simples e gostam de seguir um foco e se calam e agradecem à irmã mais velha o trabalho feito; há as que obedecem a um sentimento interior e seguem o trilho por vontade de saber mais; há sempre as seguras e firmes e as inseguras que se ofendem por tudo e por nada…há as pacíficas e as rebeldes, como há as irmãs mais independentes e que reclamam de qualquer ordem “superior”...não suportam ideias nem amarras...julgam que não precisam de nada; como há as que gostam de fazer mal ou dizer mal e estão sempre zangadas… com a mãe…e vão-se embora sem cerimónia, ou outras que estão caladas e nunca dizem nada por reserva ou timidez. Mas no fundo e essa é  aminha certeza, há sempre essas mulheres incríveis sem qualquer pré-conceito e que se dão de coração aberto e sem receio. E quanto mais confiam em si e nas outras mulheres mais seguras estão. E são essas mulheres que se mantiveram aqui firmes que tornaram este grupo sólido e pacífico a quem eu agradeço em especial; mas a todas sem excepção, as que silenciam e as que me acusaram de tudo e de nada eu desejo muito que neste próximo ano se dediquem mais e mais a saber como ser una, integral, como ser total em si e a encontrar a plenitude da mulher e a respeitar as diferenças e a sentir a união de todas as mulheres como um círculo de braços e abraços que se entrelaçam e se dão força e não se negam nem traem…que este grupo seja desejo, no próximo ano e para sempre na vida real uma base de um trabalho pessoal que no une e engrandece!

A todas um fim e começo de novo ano auspicioso e no Amor da Deusa Mãe.

rlp
Escrito e publicado em simultâneo no Facebook no grupo Mulheres & Deusas

2 comentários:

cristina simões disse...

Um ano muito feliz para si e com muita saúde.

rosaleonor disse...

Agradeço e retribuo, desejando a excelente continuação do seu trabalho.