O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
3 comentários:
Pois é, VIVAS... quer dizer que não estão MORTAS, mesmo que enterradas!!!
A língua pode ter muitos significados!!! Nem tudo o que é enterrado vivo, morre!!!
Filhota
Ocorre-me que o que está enterrado pouca influência directa tem na vida da superfície. Com as mulheres "enterradas vivas", pode dizer-se que se passa o mesmo: estão vivas, mas a sua voz está soterrada. "É-lhes dito que fiquem em casa, no reino de Eros, e assim lhes é negada qualquer influência no mundo exterior." E não vale de muito dizer que por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher, porque ela é sempre sombra dele, ao serviço dele. Enterrada viva é pior do que enterrada morta: vive enterrada.
Sim, enterrada viva...e dentro de si mesma...sem saber...ao sabor do eros...e do que o homem quer dela...
Obrigada pela vossa presença!
rl
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