O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, março 27, 2016

A FALTA DO SAGRADO



AS PESSOAS ESTÃO DOENTES


"As pessoas estão doentes em espírito, assim como no corpo. Não há um relacionamento profundo e sagrado com a vida, não faz sentido que a vida do indivíduo tenha sentido e valor além de alcançar uma posição de poder e influência na sociedade. Se insistirmos que não há nada além deste mundo visível, se ridicularizamos os místicos como pessoas iludidas, e deixamos de transmitir aos nossos filhos o trabalho dos artistas visionários, poetas e grandes videntes, o que pode dar-lhes a consciência de que há algo além das preocupações deste mundo material, e que aguarda a sua atenção?"

Kesller Campos


É O AMOR QUE NOS SALVA...

"Por vezes, as relações magoam as pessoas. E elas procuram, uma fuga para a solidão, encontrar um terreno mais neutro que lhes permita sobreviver. É compreensível, mas na solidão ficamos no nosso “buraco”. O que nos permite redescobrir o motivo porque estamos vivos e a razão de estarmos aqui, neste mundo é a relação com os outros. É o amor que nos salva. O reflexo do olhar encantado do outro dá-nos vontade de viver. É evidente que há pessoas que têm ...mais interioridade que outras. Não temos de andar a esvair-nos em relações superficiais. Estas não nos conduzem a lado nenhum. O que é substancial é a intimidade partilhada. Permite-nos encontrar a alegria, o entusiasmo. É claro que precisamos de momentos de reflexão e fantasia pessoal, e de nos encontrarmos connosco, de não nos deixarmos evadir pelos outros. Mas é nas relações verdadeiras que a vida tem mais possibilidade de fluir. É aí que encontramos qualquer coisa que nos dá gosto de viver, que nos leva a identificarmo-nos connosco próprios."*

António Francisco Mendes Pedro
*IN INCALCULÁVEL IMPERFEIÇÃO

1 comentário:

Vânia disse...

adorei.