O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, novembro 25, 2017

IRONICAMENTE ou não...



Ironicamente ou não, vou falar amanhã sobre as Deusas e a Mulher, provavelmente para 20 ou 30 mulheres...Sim, ironicamente, para não dizer paradoxalmente e há muito tempo, que não me sentia tão desiludida ou ferida e tão chocada com a volubilidade, diria a versatilidade e a  inconstância das mulheres...esse misto de ignorância com uma mistura de pura maldade ou a sua cobardia quando confrontadas perante as malévolas subtilezas do dito "espirito feminino", quase perverso ou viperino...sem duvida proveniente,  afianço, das suas feridas que são tantas ...
AS mulheres foram todas feridas de morte...e isso faz com que  estejam  sempre em guarda contra as mulheres e quando menos se espera, de repente zaz! Um punhal nas costas...

Nada se passou de concreto, acreditem, nem é preciso, não  penso  em nenhuma mulher em especial, mas há alturas que sinto no ar a sua aleivosia, a sua mentira, a sua falsidade inconsciente, quando adoptam posturas de brandura e de entrega, e parecem tão confiáveis quando se dizem nos caminhos de deus, do amor ou da santidade ...

Sim, tem-me acontecido ao longo dos anos lidar com essas mulheres para não dizer que todas temos um pouco disso...desse espirito traiçoeiro no que diz respeito às outras mulheres, sejam amigas filhas ou mães - é que nós não perdoamos à nossa mãe o abandono do útero, essa queda, a falta de colo...ou do abraço, da compreensão...
Nós não perdoamos as nossas mães elas terem-nos preterido...negado, rejeitado...fosse qual fosse a razão, tal como os homens não perdoam as mulheres a mãe que os rejeitou e fez o mesmo ou até o contrário, preferindo-os e dedicando-se ao filho macho mas mantendo-o preso a si, anulados a sua virilidade ou castrando-os...numa vingança inconsciente de mulheres feridas também, como são todas as mães pintadas de véus de bondade ou santidade serôdia, vitimas da bafienta pregação dos padres - a grande mentira com que se pinta a família patriarcal do deus pai...
E há alturas que sentimos  essa faca cravada nas costas e dói, mas dói mais quando ela é cravada no coração...e tu nem sabes, como na macumba acontece quando alguém te quer fazer mal ou nos feitiços em que te picam com alfinetes em bonecas de trapos feita a tua imagem...
A "magia negra"...é terrivel, elas conhecem-na naturalmente, como as palmas das mãos... e assim ela ainda paira nas mentes arcaicas e inconscientes das mulheres patriarcais, das mulheres marcadas ...solteiras casadas e viúvas ou divorciadas...
Ah e  quem são essas mulheres patriarcais, as filhas do Pai? Somos todas nós...que ao menor percalço, sem sabermos...quando menos esperamos, ela pode atacar-nos...em raivas, em fúrias, em ódios...mascarados de justiça ou soltas como cadelas raivosas por coisas de nada...nós temos um animal de poder para o bem e para o mal dentro de nos, instintos e venenos...somos famosas por o destilar veneno e matar...cortar cabeças como Salomé...ou a como a Medusa...

...Elas são como as Gorgonas que possuíam a capacidade de transformar em pedra as pessoas que olhassem directamente para os seus olhos....

As mulheres sim, são todas poderosas e quando desesperadas, mal amadas, ou traídas  podem ser venenosas, mas empoderadas da sua força divina integrada, unidas são maravilhosas e nobres e capazes de morrer pelos filhos e pela Humanidade...
Não, não há maneira de meter as mulheres numa prisão ou num Hospício nem numa redoma ou num altar...elas soltam-se e fogem a todas as limitações definições e conceitos...

...e cada uma sabe de si e a Deusa Mãe sabe de todas...

rlp

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