O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, novembro 11, 2017

"Se existir um futuro, ele irá usar a coroa do modelo feminino”.




A Rosa Secreta do Coração, a Mulher iniciadora dos Mistérios e a mulher essência foi negada e difamada, apelidada de "prostituta" (assim como o conceito sagrado de Sacerdotisa e mante da Deusa, a dita "prostituta sagrada" foi profanado) pelos patriarcas da igreja há muitos séculos. Todas as religiões patriarcais o fizeram, fazendo cair sobre a mulher o anátema da culpa e do pecado por ser a Tentadora do homem esquecendo de que também ela é a Mãe....

A Rosa Sagrada do Amor Feminino foi espezinhada ao longo dos séculos pela misoginia dos patriarcas do deserto, dos bispos e dos padres e dos homens em geral. Tal como a bela e livre Hipácia de Alexandria, grande filosofa e mestra,  foi esquartejada e queimada viva no primeiros anos da cristandade por monges fanáticos .....assim como mais tarde foram as mulheres mais belas apelidadas de bruxas e queimadas nas fogueiras da Inquisição que durante centenas de anos,  matou brutalmente milhares de mulheres sábias e livres, curadoras e videntes... 

A Mulher foi nesse período de maiores trevas sacrificada e imolada no fogo no altar da Natureza-Mãe. Esse foi o seu sacrifício à brutalidade e perversidade dos homens de poder e dos padres da Igreja de Roma que negaram a sua Alma, o Feminino Sagrado,  e a Deusa Mãe.
Muitos séculos de perseguição e ódio à Mulher essência e ainda hoje em todo o mundo essa perseguição persiste por Mafias que exploram e traficam mulheres e meninas e maltrataram a Mulher-Mãe, a Mulher-Amante, a Mulher-Sacerdotisa e a Terra, um verdadeiro holocausto. Mas a Mãe vai voltar e a Mulher  vai ressurgir em toda a sua plenitude tal como a Fénix Dourada, nascidas das cinzas e renascida do Fogo Divino, transmutada no Amor da Deusa...

É tempo de a mulher Ser Mulher e a Deusa através dela se revelar na Terra em todo o seu esplendor. Sem Véus, de braços estendidos, toda abarcante sobre o Planeta Terra...

Rosa Leonor Pedro


"A salvação na nossa era, penso eu, assenta na completa e total reconstrução do feminino – a Mãe – em todos os estados de espírito, aspectos, qualidades, paixões e poderes. Somente o regresso da noiva banida e degradada em todo o esplendor, pode restituir um casamento sagrado autêntico entre o masculino e feminino capaz e resplandecente a todos os níveis da nossa vida tanto interior com exteriores.... Com o regresso da Mãe, a raça humana pode uma vez mais ser infundida com a sua compreensão de interdependência, com a sua identificação com todos os seres sencientes em ilimitada compaixão, o seu grande apelo de justiça para todos e com todo o seu terno apreço à vida. Somente a sabedoria e amor desta Mãe em acção em todas as áreas da vida pode agora salvar a raça humana. O grande sábio indiano Aurobindo escreveu: "Se existir um futuro, ele irá usar a coroa do modelo feminino”.


Excerto do Pósfácio de: DEUSAS DA GALERIA CELESTIAL
do pintor tibetano Romio Ahresth – escrito por Andrew Harvey




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