O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, fevereiro 24, 2018

A lógica da nossa obsessão com o mundo material é a destruição da terra.



Do Materialismo - a destruição da Terra

"O materialismo é uma atracção por e uma obsessão com o visível. Qualquer materialismo, quer seja ligado ao dinheiro, poder, posse ou pessoas, tem a ver com a epistemologia da quantidade. É a crença errónea de que, através de uma acumulação de quantidade, nós conseguiremos concluir a tarefa da nossa própria identidade. Este materialismo é prejudicial para a alma e para o espírito, uma vez que é vital e necessária uma amizade com o invisível para a vida interior. Não é bom para nós determo-nos demasiado no mundo do materialismo. Um dos índices de pobreza de uma cultura é a sua falta de respeito pelo mundo invisível. A nossa cultura sofre desta falta de respeito. A lógica da nossa obsessão com o mundo material é a destruição da terra."


John O'Donahue

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