O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, fevereiro 01, 2018

QUEM INVEJA QUEM


A OPINIÃO DOS HOMENS
QUANDO SE FALA E DEFENDE AS MULHERES... 

"Não querendo ser mau, mas além de propaganda feminista disfarçada... a mulher tem tanto de divino como o Homem. Este blog demonstra o comum em grande parte encontrado em lésbicas: inveja do pénis. Impressionante, no novo milénio são as mulheres que degradam a sua própria imagem (rockstars pela exposição, lésbicas pela parvoeira).* (2006)

Em 2006 recebi esta mensagem e muitas outras semelhantes de homens que chegaram ao meu Blogue Mulheres E Deusas e deixaram mensagens como esta - que publiquei e comentei na altura, mas esta é com sabemos já a fórmula portuguesa e machista de sempre que é o insulto à mulher!
Qualquer mulher que fale de si e de outras mulheres sem reverenciar o homem, sem o bajular ou torná-lo a ele apenas o centro obsessivo da sua atenção e atracção sexual é imediatamente catalogada de lésbica e claro que se  não for este o caso  só pode ser.. lésbica...
E assim a mulher é sempre dimensionada através do sexo e do corpo de desejo, sem mais alternativas de vida e de amar senão render-se ao sexo e ao homem, falar do homem, ser a coqueluche do homem, estar ao seu serviço exclusivamente.
As considerações desta espécie já as sei de cor e salteado há muitos anos mas o pior é quando esse tipo de observação ou comentários (as vezes de forma subtil...) vem de mulheres e que eu acho, eventualmente sim, essas mulheres masculinas, sem serem lésbicas,  tem inveja do poder dos homens e por conseguinte do pénis...e não veem como elas de facto é que são invejadas pelos homens a todos os níveis. É o mistério e a sedução da Mulher que é olhado com temor e rejeição pelos homens quase todos em geral e na época,  de mentalidade apolínea, pelo culto de Apolo  e educados  na arte e na literatura, falando de homens cultos, escritores e poetas.
Até Freud fazer esta afirmação, o travestismo e hermafroditismo dos homens e a homossexualidade  masculina era pois mais um género literário decadentista, que poucos homens ousavam além do mundo do espetáculo exibirem-se em vestes de mulheres, ou afirmarem-se homossexuais pois eram condenados, caso do escritor Oscar Wild, que foi preso,  mas passado umas décadas  podemos ver claramente quem é que invejava quem.   
É um facto que há grande numero de mulheres homossexuais que se vestem de homens, mas a proporção dos homens travestis é tão grande nos nossos dias - para além de toda a teoria do género e transsexuais - que este argumento não tem pés nem cabeça...a inveja do útero e a inveja dos seios das mulheres é tão grande nos homens que eles se travestiam e vestem de mulheres e operam para serem mulheres desde sempre...onde está a inveja do pénis? Não o vamos avaliar nas poucas mulheres machos que nada tem de mulheres...
Em suma, tudo isto se deve ao facto também de as mulheres não se amarem a si mesmas nem amarem as outras mulheres simplesmente, naturalmente e como podemos comprovar por essa razão não se motivam umas as outras e entre si porque a sua libido foi e está colonizada e desviada em função exclusiva dos homens...

Quando na verdade e em conclusão direi como a autora da citação que "Os hábitos sexuais das mulheres remetem-nos para a sexualidade não falocêntrica das mulheres; para a diversidade da sexualidade feminina, e a sua continuidade entre cada ciclo, entre uma etapa e outra. Uma sexualidade diversa e que se diversifica ao longo da vida, cujo cultivo e cultura perdemos. (…) Vivemos num ambiente em que o sistema libidinal humano, desenhado filogeneticamente para travar relações humanas, está congelado. Hoje as mães vivem longe das suas filhas e as avós vão de visita a casa d@s net@s; a pessoa de família que nos dá a mão quando adoecemos vive no outro extremo da cidade, e mal conhecemos o vizinho ou a vizinha" (…)**

rlp
** Cacilda Rodrigañez Bustos
*um anónimo da nova era | 15-11-2006

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