O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, dezembro 12, 2018

A maior perturbação da época



OS REBANHOS…


"A maior perturbação da época que atravessamos vem da confusão e da multiplicidade de crenças e de opiniões. A agitação da vida utilitária, os falsos limites de uma moral convencional e de uma estética artificial, desviaram-nos do verdadeiro discernimento pessoal, e desse modo parece-nos que só um grande cataclismo poderia acordar a consciência.
Mas a nossa mentalidade confunde o discernimento do real com a mera apreciação pessoal, e o julgamento cerebral com o julgamento “verdadeiro”.
(…)
A massa dos seres humanos, cuja consciência é ainda nebulosa não experimenta a impulsão de um acordar individual, agrupa-se sempre em rebanho numa prudente expectativa.
(…)
A perturbação da nossa época caótica tem ao menos a vantagem de ter levantado as barreiras, e fazer estremecer os valores aos quais a sociedade não ousava tocar."

(…)
L’ Ouverture du Chemin – Isha S. de Lubicz

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