O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, dezembro 16, 2018

ORIENTE VERSUS OCIDENTE



O TESTEMUNHO DE UMA AFEGÃ

" Quando eu tinha 9 anos, e cheguei a idade da puberdade, o que significou foi que eu tive que esconder todo o meu corpo,- menos o rosto e as mãos- para protegê-lo dos olhares estrangeiros, porque um só Cabelo visível podia abrir as portas do inferno para mim. Na época, eu tinha que levantar-me antes do nascer do sol para rezar e lavar algumas partes do meu corpo mesmo quando estava frio. Eu tinha que me ajoelhar trinta vezes por dia para honrar a Deus e, apesar do meu corpo de criança, eu tinha que observar o jejum durante todo o ramadão e suportar estar com fome do amanhecer ao pôr do sol. Eu assistia os meninos a brincar e que tinham a mesma idade que eu, e eu me perguntava porque é que eles eram dispensados do jejum e da oração até aos 16 anos de idade, apesar de o corpo deles ter sido mais forte que o meu."

ORIENTE VERSUS OCIDENTE

Enquanto uma mulher árabe tem de se cobrir da cabeça aos pés e esconder o seu corpo desde tenra idade, obrigada pela religião de Maomé a viver como um ser inferior, destinada unicamente  a parir e  a servir o homem e a sofrer as maiores barbaridades em família, casada à força ainda menina com velhos déspotas e pedófilos, sendo castigada pela sua condição de mulher, as mulheres do Ocidente despem-se com a maior facilidade e despudor, sem qualquer consequência à partida, ousadas e revoltadas, no caso das feministas e das Femen (na foto), contra  o Sistema, que igualmente as violenta e abusa e explora sexualmente. 

No mundo todo a situação da mulher é muito idêntica,  apesar da aparente liberdade das ocidentais é cada vez mais claro que afinal de contas a emancipação  da mulher não foi um dado adquirido nem lhes deu a verdadeira liberdade, pois ela continua a ser abusada e violada e é morta na Europa como na India só que em menor escala. 

O Feminicídio no Ocidente é tão banal como a lapidação da mulher oriental só que a diferença é a forma mais  grotesca - morta à pedrada até a morte - e no ocidente a facada ou a tiro…



Tanto no caso oriental, como no ocidental, ambos são a representação na forma extrema de como os homens culpam ainda a mulher de um PECADO original e que se mantem vivo no inconsciente colectivo, e que as mulheres de uma forma ou de outra,  carregam dentro de si. Esta herança que vitimiza e mata as mulheres pelo seu corpo e o seu sexo, apesar de serem as Mães de toda a Humanidade, é fruto da misoginia  e do ódio a mulher propagado pelas religiões patriarcais, seja a cristã, a judaica ou a muçulmana.
O  facto é que no final  tanto faz que umas se vistam de Burka e outras se des-vestirem de vermelho, ou apareçam nuas na pornografia e nos filmes, elas todas carregam o peso da mesma condenação atávica e o estigma com as religiões do Homem a marcaram e serão castigadas por isso enquanto não se consciencializarem de que o seu Poder é interior e não físico, que a sua força é anímica e não mental.

RLP 

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