AS MULHERES ATENAS
As mulheres de hoje são apenas um pálido reflexo das mulheres de outrora…AS grandes mulheres da antiguidade, as mulheres que eram fiéis ao principio matrilinear e à Mãe. O mundo materno e o mundo da sacralidade em que o amor era parte da natureza e a mulher respeitada ruiu com a queda da Maternidade há muitos séculos e por isso nas sociedade modernas neste mundo actual, globalizado, não há lugar para o verdadeiro amor e o mistério que ele encerra tornando-o cada vez mais raro e mais deturpado.
Ninguém sabe o que é o Amor Mágico, nem o amor da Mãe. Porque ninguém sabe já quem é a verdadeira Mulher. Porque as mulheres deixaram de ser mágicas…deixaram há muito, muito tempo de ter magia e o dom do amor que vem do seu poder interior, como mulheres iniciadas aos mistérios, como veiculos do amor maternal simbiotico.
Tudo o que é vivido no domínio do amor hoje é conectado com sexualidade genital a baixos instintos, facilitismo, ligeireza, e por isso a sexualidade está cada vez mais longe da sua essência também e temos cada vez mais nos filmes, retrato deste mundo comercializado e ficcionado, pornografia, pedofilia e abuso sexual de mulheres e crianças e cada vez mais a humanidade está longe de um verdadeiro erotismo.
As mulheres esqueceram também que o amor verdadeiro nunca é só sexual...é sempre outra coisa...mais além e mais fundo; elas esqueceram que o amor vem de dentro do seu corpo da natureza e da alma; ele pode e deve expressar-se sexualmente se houver reciprocidade, seja em que situação for mas não é o factor preponderante, pois não é o par que preenche a mulher, mas a sua prórpia natureza libidinal. Mas as mulheres de hoje vivem apenas sob o imperativo do sexo genital e do sexo pelo sexo e mesmo sem qualquer espécie de amor…quase sempre levadas pela ansia de preencher o seu vazio e nisso consiste o agradar e de seduzir o homem, e desse modo se entregam e deixam-se possuir e abusar às vezes sem qualquer dignidade nem elevação, sem verticalidade…
Hoje em dia, especialmente os jovens, homens e mulheres, nem sequer deixam que a atracção nasça ou que o Amor possa acontecer: antecipam-se as experiências sexuais, em mulheres muito novas, só pela "descoberta" genital e pelo “prazer” aleatório do sexo…ou deixam-se ir no rasto do engates na vertigem do sucesso e da fama ou de uma segurança material, na ambição, e vendem-se por um "bom casamento" como pelo dinheiro apenas…Elas não precisam ser prostitutas sequer, elas acabam todas por se vender ou dar só para ter um homem e na sua vida nada faz sentido se não tem um homem...E falam de sexo como quem fala de couves… fazem sexo como quem bebe um copo de água...E o Amor...o amor de verdade, embora sonhem com ele, a sua realidade de mulheres é o abuso e violência como nos filmes de Hollywood ou então como nos romances em que tudo ou quase tudo é pornografia e sadismo, pedofilia, crime e violência, proxenetismo etc.. Não há qualquer profundidade nas relações nem qualquer beleza!
Penso nessas mulheres como AS ATENAS. São as mulheres que nasceram sem Mãe - mulheres saídas da cabeça do Pai-Zeus, mulheres só cabeça e sem emoções sem coração, mulheres que negam a mãe e imitam o pai ... Porque elas não são Afrodites nem são sensuais sequer. Cada vez mais a mulher está longe da sua sensualidade, do seu magnetismo; ela é hoje apenas um subproduto de plástico, de derivados químicos e silicone...
Elas são regra geral as católicas beatas dedicadas aos padres toda a vida, secretárias devotadas aos patrões e chefes, advogadas e catedráticas e deputadas e ministras hoje devotas dos seus lideres; quase todas as mulheres de sucesso neste mundo, sejam as executivas e as politicas, são as Filhas do Pai...prontas a executar as suas ordens e a serví-los sem qualquer dignidade ou consciência de si como mulheres.
" A Menina do papá, passiva, adaptável, respeitadora e temerosa do homem, aceita que ele lhe imponha uma conversa desinteressante e apagada. Isto não é muito difícil, uma vez que a tensão e ansiedade, a falta de calma e de autoconfiança, a insegurança e a incerteza dos seus próprios sentimentos e sensações, que o papá nela instilou, tornaram a sua percepção superficial e incapaz de ver que o blá-blá do homem não passa de blá-blá. Tal como o esteta que “aprecia” o borrão classificado de “grande Arte”, também acredita que está a apreciar o que na realidade a aborrece mortalmente. "*
(...)
Vejamos o Mito:
"Talvez o maior diferenciação da Deusa Atena está em não ter conhecido e não ter convivido com a mãe, Métis. Na verdade Atena parecia não ter consciência de que tinha mãe, pois considerava-se portadora de um só genitor, Zeus. Na qualidade de tão somente "filha do pai", Atena tornou-se uma defensora dos direitos e dos valores patriarcais.
A Deusa não conheceu sua mãe, Métis."
MANIFESTO DA SCUM” de VALERIE SOLANAS
Sem comentários:
Enviar um comentário