O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, abril 13, 2019

O CONTINENTE PERDIDO...




"Nos homens, diz o Upanishad, o Auto-Existente cortou as portas da consciência abrindo-a para fora, mas uns poucos voltam os olhos para dentro e são estes que vêem e conhecem o Espírito e desenvolvem o ser espiritual."
Sri Aurobindo



O CONTINENTE PERDIDO...

A superação da dualidade - para lá dos cinco sentidos...


..."O ser "desperto" é aquele que pode ultrapassar em qualquer lugar as linhas de recife que separam o continente perdido do continente acessível aos nossos sentidos . Isso não significa que ele não sofra mais ao atravessar os obstáculos num sentido ou noutro, mas, conhecendo a natureza das causas dos seus sofrimentos, se liberta deles...Ele continua a experimentar emoções, a sentir, a amar e...tc., mas as suas sensações são magnificadas e iluminadas porque nascem do continente perdido. É um retorno ao centro, à unidade principal do ser que faz com que não estejamos mais à espera da satisfação dos nossos cinco sentidos. Ao mesmo tempo, os prazeres da vida não nos são estranhos, mas mudaram as suas qualidades ao adquiriram uma nova densidade. Eles se encontram agora enriquecidos pela luz da alma e do espírito, uma luz interior que irradia até a menor das nossas células.
Os caminhos que levam ao despertar são caóticos e semeados de obstáculos imprevistos. Eles envolvem processos de desestruturação e reconstrução tais como são hoje assinalados nas fases de renovação dos seres humanos. "


in O HOMEM ENTRE A TERRA E O CÉU - ETIENNE GUILEÉ

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