O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, junho 15, 2019

EU BRUXA ME CONFESSO...


NÃO ACREDITO NO DEBATE DE IDEIAS

Escrevo porque escrevo. É um imperativo de dentro. Mas não obedeço a nenhum padrão de pensamento representativo ou filosofia. Não "penso logo existo", nem penso como os homens -penso por mim própria e ninguém tem o direito de qualificar o que penso ou digo. Ninguém é obrigado a ler-me. Não busco afirmar-me nem ter sucesso no mundo nem angariar leitores admiradores nem seguidoras ... apenas faço este exercicio de dizer com o DISCERNIMENTO do meu coração, a partir de dentro, como Mulher, o que é bem diferente do homem…O meu pensamento não é escolástico nem dialético. NÃO ACREDITO NO DEBATE DE IDEIAS.
Não me importa nada que me tomem por ignorante ou estupida, "histérica", radical ou feminista - só eu sei quem sou - apenas não admito que desvirtuem o que sinto e o que digo alterando o sentido do que escrevo. Que fique assente. Não busco confrontar ninguém. Não tenho inimigos porque os não reconheço nem tenho amigos que me defendam. Apenas pessoas que sentem o que eu digo.
Para todos os efeitos e definitivamente prefiro antes ser a Bruxa e a Megera, a Medusa ou mesmo a "empata fadas" das histórias de encantar e dos mitos românticos tanto como das teorias de género e das filosofias new age, mesmo que me QUEIMAM os novos Inquisidores da Praça mediática...
Não! Não sou consensual nem busco dividendos. Amo a minha humanidade porque não conheço outra e vivo nesta Dimensão e respeito TODOS OS SERES HUMANOS enquanto humanos, e os animais e as plantas e as árvores e a Terra abençoada pela Deusa, mas não branqueio as injustiças nem as desigualdades neste plano.
Se NÃO APRECIAM O QUE ESCREVO PORTANTO, SAIAM DA FRENTE SE FAZ FAVOR… eu não vos vou incomodar na vossa casa nem vos bato a porta. E se enfiam a carapuça isso nada tem a ver comigo mas com o vosso alter ego.

(escrito a propósito de algum assédio moralista no facebook)


NOTA À MARGEM:

Digo e afirmo que nenhum homem tomará partido da Mulher Absoluta e tudo farão para impedir a sua Consciência autónoma de se expressar. Sim "existe o medo da mulher absoluta. O homem fica completamente assustado com essa sede de absoluto, de infinito, com a incondicionalidade da mulher"* e reage de forma agressiva para não perder o pódio e o controlo do seu domínio secular.
Não me deixo intimidar nem lisonjear pelos que me acusam e agridem nem pelos que me elogiam. Não temo calunias nem ataques pessoais venham de onde vier. Sejam eles em nome do amor ou do ódio. Estou profundamente ancorada no Amor da Mãe...e sei pela paz e serenidade que sinto, pelo meu coração compassivo, que NUNCA atingi ninguém por maldade nem com a intenção de denigrir alguém. NINGUÉM. Já disse e afirmei que amo a ESSÊNCIA do ser humano enquanto homem ou mulher e que nesta EXISTÊNCIA terrena porém temos muito para trabalhar até podemos ser o par alquímico e reunir as duas faces - o Rei e a Rainha - há muito ocultas e invertidas do feminino e do masculino, assim como de todas as polaridades.
rlp


"A feminilidade é uma dor colectiva de profundidade indescritível, e quando tentamos expressá-la, estamos sujeitas a ouvir: “Lá estão vocês outra vez a reclamar!”
Enquanto isto acontecer, nada menos que toda a humanidade estará impedida de prosseguir na sua jornada até ao destino cósmico.”**

**Marianne Williamson, O Valor da Mulher

(*in ERÓTICA & EROTISMO Jaqueline Kelen)

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