A INVISIBILIDADE E A ANULAÇÃO …
«..."Defender a economia da linguagem à custa das mulheres é algo que só os homens podem fazer. Ou uma mulher que não perceba que o masculino plural não é inócuo, que acaba negando as mulheres", destaca a escritora Gemma Lienas.
"No final do século 20, alguns historiadores explicaram que na Grécia antiga não votavam nem escravos nem estrangeiros, mas esqueceram-se de dizer que as mulheres também não. Não podemos ter certeza de quando o masculino é usado como genérico e quando não. Se não nos tornarmos visíveis, será difícil uma igualdade real." Lienas acredita que a questão é educar-se…»
Sobretudo na India e na China, onde são abortadas a nascença e mortas ainda bebés, mas também o FEMINICIDIO, o abuso sexual, a violação - a prostituição, a pornografia, as Mafia de Leste e o tráfico de mulheres - são crescentes e acontece em todo o mundo nomeadamente na Europa para onde vem ser exploradas em Bares e casas prisões onde são espoliadas de identidade e sem qualquer liberdade. Este é certamente um retrocesso cultural que atinge as mulheres em todo o Planeta. Algo que os homens, políticos e intelectuais, escritores, continuam a branquear e as mulheres civilizadas também não querem ver...
"Taxas de femicídios e femicídios conjugais em países europeus seleccionados (2016), página 15 do estudo da ONU.
O mais grave é que estes dados são até 2017. Sabemos que em 2018 mais mulheres morreram em Portugal, mas nada se compara ao mês mais sangrento para as mulheres de que há registo que foi janeiro de 2019, com 10 mulheres vítimas de femícidio conjugal.
"Taxas de femicídios e femicídios conjugais em países europeus seleccionados (2016), página 15 do estudo da ONU.
O gráfico revela que a taxa média de femicídios conjugais por cada 100’000 mulheres na Europa é de 0.3. A taxa portuguesa é de 0.6, o dobro da média. Temos o 2º pior número europeu, apenas ultrapassado pela Albânia que, com 0.7, está no topo dos piores da Europa no index de desenvolvimento humano.
O número do janeiro de 2019 coloca Portugal a competir com os piores países do mundo, bem longe da média europeia. Ficamos no pódio, em 3º lugar nos piores do mundo compilados neste estudo da ONU, com uma taxa de 2.4, depois do Suriname (4.3) e do Belize (2.7)
Sem comentários:
Enviar um comentário