O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, setembro 07, 2022

HECATE, deusa das encruzilhadas...


 
HECATE - a velha sábia...

"Como deusa das encruzilhadas, Hecate podia ver três maneiras ao mesmo tempo
. Ela podia ver de onde vínhamos à medida que chegávamos à encruzilhada, e ela podia ver onde cada uma das duas estradas nos levaria. Eu imagino-a como antiga e sábia para os caminhos ou caminhos que podemos seguir na vida, na morte e no meio. Penso nela como uma velha com conhecimento do passado e futuro, e reconheço que isto a torna numa personificação da temida e perseguida imagem da bruxa, cujos precursores foram os Destinos.
Sempre que fazemos uma descida e regressamos, se integrarmos a experiência e agora soubermos mais sobre as nossas próprias profundezas e como o sofrimento nos leva para o submundo da experiência humana partilhada, ganhamos mais da sabedoria particular de Hecate. É conhecimento corpo-alma sobre ciclos de vida-morte-vida. Hecate é o arquétipo da parteira,
a velha que ajuda a dar à luz ou a trazer nova vida ao mundo, e que como parteira na hora da morte, ajuda a alma a fazer uma transição.
A aceitação dela do nascimento e morte e sofrimento como parte integrante da experiência humana ajuda-nos a ter perspectiva.
Cada vez que fazemos um ciclo de descida e retorno, ganhamos alguma sabedoria Hecate que podemos desenhar quando outro ciclo nos derruba novamente, ou quando acompanhamos outros nas suas descidas.
Que todos vocês sintam profundamente a sabedoria de Hecate quando se encontrarem na encruzilhada"

Página 207-208 ... PERTO do OSSO - Doença ameaçadora de vida e a procura de significado 
por Jean Shinoda Bolen, M.D.



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