O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, setembro 03, 2022

Mentimos tão bem...



AS NOSSAS MENTIRAS, AS NOSSAS DEFESAS...


“…Para protegerem as feridas emocionais, e por terem medo de ser magoados, os seres humanos criaram um sistema mental muito sofisticado: o da negação. É através desse sistema de negação que nos tornamos uns perfeitos mentirosos. Mentimos tão bem que o fazemos connosco e até acreditamos nas nossas próprias mentiras. Não nos damos conta que estamos a mentir e, por vezes, mesmo quando sabemos que estamos a mentir, justificamos a mentira e desculpamo-nos para nos protegermos da dor das nossas feridas.
O sistema de negação é como uma parede de névoa diante dos nossos olhos, impedindo-nos de ver a verdade. Usamos máscaras sociais, porque nos é demasiado doloroso vermo-nos tal como somos ou permitir que os outros vejam o que realmente somos. E o sistema de negação permite-nos fingir que acreditamos que os outros acreditam naquilo que queremos que eles acreditem sobre nós. Erigimos estas barreiras de protecção para manter os outros à distância, mas acabamos por ficar encurralados e sem liberdade."


Sem comentários: