" O andrógino não tenta submergir as diferenças, pois reconhece que as polaridades existem no tempo linear,
mas que são ilusórias quando o tempo é concebido como cíclico e eterno.
O andrógino aceita os paradoxos, e os vive, sabendo que, como criatura finita,
muitas vezes não poderá ver além das aparentes contradições que nos assediam a cada passo.
Portanto o andrógino pode viver o presente imediato sem perder o senso de eternidade.
O andrógino pode também ter como centro um determinado lugar e, no entanto,
saber que esse lugar é um mero grão de pó num planeta que rodopia no espaço" (...) June Singer "Androginia"
Senhora da minha alma,
que sou eu diante da imensidão do teu espírito,
neste insondável mistério que é o universo?
Grão de areia ou pó? Não! Sou muito mais ...
Eu sou tu e tu és eu, eternamente misturadas numa só.
Tu és o infinito na minha alma
que tanto chorou por ti e agora te canta...
Tu és a luxúria máxima dos sentidos
e a única esperança; Tu és a Mãe eterna
e a criança que traz ao mundo o verbo.
Yu és o Santo Nome da Criação
o segredo que dá vida ao cosmos.
Tu és a primeira forma e matéria,
inteligente matéria que cresce e o espírito modela.
tu és o ventre sagrado de onde eu vim,
tu és a primeira porta e a chave do meu coração.
Tu és a minha aura e a glória da minha história
A marca com que nasci.
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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