O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
quarta-feira, dezembro 12, 2001
Queria evocar-te de olhos cerrados...
Rezar-te em palavras de ouro gravadas!
Não sei como te transformaste em toda a minha alma
que só tu em mim és vida!
Ó Mãe adoro-te!
Branca, suave, transfigurada.
Negra morte, vermelha, vida visceral
ou luz pura manifestada.
Quero ver-te substância disfarçada ou invisível no ar.
Na aragem sentir-te em cada canto, na casa,
no perfume das flores, nas mãos que se estendem,
no silêncio e na música, na chuva e no vento,
a cada passo ou sentada...
Quero sentir o teu amor ver o teu halo e
em cada gesto que de mim emana
tu seres o centro e a luz,
a força, a coragem e a audácia de eu ser tu
no temor e na glória de te dizer.
Quero rezar-te a cada segundo da minha respiração,
sentir a tua presença a cada momento.
Quero que o teu manto de Rainha me envolva e que
os teus raios de luz inundem todo o meu ser
e como um templo
ver cada mulher que entre como se fosses tu...
Quero de novo eleger o teu culto á Deusa!
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