O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, abril 15, 2003




"A ALQUIMIA DO AMOR"

A função do SER (homem ou mulher) poeta...

"A primeira função do homem poeta é a descoberta do verdadeiro significado do seu eu. O poeta tem de se conhecer a si mesmo, tem de desvendar a sua alma "inteira". Não é do eu individual que se trata, nesta procura, (os que ficam por aí são os limitados autores a que Rimbaud chama"egoísta", que não ultrapassam o domínio do ego) trata-se da imensidade da alma, de por a descoberto e percorrer os seus mais longínquos limites, os mais profundos conteúdos, nem que para isso haja que a desregrar, desiquilibrar, tornar mesmo monstruosa. Ser "vidente", fazer-se "vidente" de todas as maneiras, para chegar a ser conhecedor de si mesmo, da "alma universal". Na alma reside o mistério. E vale a pena pagar todos os preços, mesmo o do crime, mesmo o da loucura, para se chegar a ele. Desvendar o mistério é chegar ao "desconhecido", e poder contemplá-lo e exprimi-lo é a suprema realização. O além ("là-bas") é o verdadeiro domínio do poeta, e a formalização dos conteúdos desse além a sua verdadeira missão. (...)"

Y.K:Centeno



SÍNTESE DAS ANTÍTESES

TRABALHO DE ADRIANA DE OSIMORTAIS

A humildade

"Como pode haver humildade onde há esforço para a cultivar?
A humildade não vem do querer, mas do Ser, não vem do construir, mas do reconhecer.
É um ponto de equilíbrio na Consciência.
A humildade verdadeira, que abre os portais das Fraternidades Cósmicas, não pode ser cultivada.
Ela é própria do Ser Total. A humildade emerge, como fruto do aprofundamento da comunhão com Núcleos Sublimes; surge como parte da natureza profunda, como um gracioso rouxinol atraído para o palácio do velho imperador, e cujo canto é um bálsamo para os seus corpos enfermos de orgulho guerreiro.
Assim Nós dizemos: procura acima de tudo saber Quem és, e nessa procura encontrarás a humildade.”


do Livro " Sinais ao amanhecer " de Pinho
( em preparação )

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