O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, abril 16, 2003



A Nova Rainha da Chuva...

"É A MAIS JOVEM RAINHA DO POVO BALOBEDU, UMA TRIBO QUE SE INSTALOU HÁ VÁRIOS SÉCULOS
NAS MONTANHAS DO LIMPOPO. EM NOVEMBRO, OS SEUS DOTES MÁGICOS
SÃO POSTOS À PROVA COM A CHEGADA DAS CHUVAS.!

"Na África do Sul existe um pequeno reino em que as mulheres são soberanas. Não há reis nem prínces consortes.
Modjdji VI acaba de ser escolhida para suceder à avó Mokope que morreu há dois anos."


AS RAINHAS DA CHUVA EXISTEM E FAZEM MAGIA.

"A chuva caiu na passada sexta-feira, dia em que Makobo, vestida de laranja e preto e envolta numa pele de leopardo, foi coroada rainha dos Balobedu, uma tribo que habita no norte da África do Sul (em Duiwels-kloof, província do Limpopo) e cuja história está envolta em mistério e magia. Esta rapariga de 25 anos, que andou na escola e recebeu formação superior, deixa de ser conhecida por Makobo para se tornar na rainha Modjadji VI, a mais jovem que este pequeno reino de soberanas já viu até aos dias de hoje. Sobre ela cai a pesada herança de saber fazer chover, um ritual ancestral que lhe foi transmitido pela rainha e avó Mokope, falecida há dois anos. Se dúvidas havia sobre as capacidades de Mokobo de controlar o céu e as nuvens, o dia da sua coroação serviu para as desfazer. Na sexta-feira, todos os elementos da natureza concordaram em dar as boas-vindas à nova rainha e não foi preciso esperar por Novembro _ altura em que os seus dotes mágicos são postos à prova _ para que a tradição se cumprisse. Se a chuva caiu, então é porque a rainha fez magia. A assistir à cerimónia, que decorreu no Tribunal Real de Modjadji, em Duiwelskloof, estiveram súbditos das 150 aldeias em redor e quando o rei Mphephu, do vizinho reino de Venda, lhe colocou a coroa na cabeça, todos os presentes se curvaram em sinal de respeito. E como manda também a tradição, a jovem rainha terá agora de pôr em prática algumas das regras ditadas e seguidas há vários séculos pelas suas antepassadas. Enquanto reinar não poderá ter um marido, mas sim várias mulheres, a maioria filhas de subchefes da tribo com quem pretende manter as melhores relações diplomáticas. Se quiser ter filhos, o que é obrigatório para que continue a descendência das Modjadji, terá de seguir as orientações do conselho real e aceitar o homem que lhe for indicado apenas para fins de procriação. Deverá ter pelo menos uma filha e aceitar que os seus filhos rapazes sejam afastados das funções reais. No tempo da sua bisavó e tetravó, os filhos machos eram estrangulados mal nasciam. Só as raparigas poderiam viver.



O clã Modjadji nasceu de uma história de amor entre a princesa Dzugudini e o seu meio-irmão, oriundos do reino de Monomotapa (hoje Zimbabwe). Conta a lenda que para evitar a vingança do pai, a jovem Dzugudini fugiu de casa_ com a ajuda da mãe que lhe ensinou a arte de fazer chover _ e fundou um novo reino nas montanhas da província do Limpopo. Diz também a lenda que este reino tem 400 anos e que até o Shaka Zulu temia de tal maneira a rainha da chuva que poupou o seus súbditos à guerra. Conta-se ainda que a avó de Makobo fez esperar Nelson Mandela numa visita que este efectuou àquela comunidade quando foi eleito presidente e que só aceitou falar com ele através de um intermediário. "


É VARIADA A LITERATURA (AS MINAS DE SALOMÃO)
SOBRE ESTAS MULHERES E O SEU PODER. lONGAS NUVENS PARA MODJADJI VI


Notícia destacada no DN de 15/4/2003 - artigo de Maria de Lurdes Vale

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