O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, agosto 21, 2005

DE QUE TEM MEDO O PAPA
QUANDO ASSOCIA O NAZISMO AO NEO-PAGANISMO?


Ele tem medo da ascenção não da Virgem que eles controlam, mas da Mulher Real na posse do seu Dom e liberdade. Eles continuam a denegrir a ideia de paganismo...como se a Florbela Espanca - quando diz: "sou pagâ e anarquista como uma pantera que se presa" pudesse ser associada ao nazismo...

Eles odeiam e TÊM MEDO de todos os escritores e poetas, sobretudo das mulheres, assim como da sua criatividade, liberdade, auto-suficiência na comunhão com os elementos", tudo o que faz apologia da vida e não da morte e sai dos seus dogmas e domínio ancestral, pois sabem que se as mulheres voltarem a ser detentoras da sua integridade física e espiritual, do seu Dom de Profetisas e Curandeiras inatas, elas desmascararão todos os simulacres de amor e caridade que eles professam!...

Elas sabem que a Igreja de Roma destruiu o Culto da Deusa-Mãe, renegou a mulher e dividindo-a em duas - a santa e a prostituta - fez deliberadamente cair sobre Maria Madalena a anátema da prostituta e desviando o seu culto inicial para mais tarde serem forçados a eregir o da Maria Mãe de Cristo "virgem" negando a sexualidade da mulher e do homem, condenando-a como "pecado"...

Beatufil Rose, óleo sobre tela de A.Fonseca

(...)
Yosef ajuda a rainha a desembarcar.
Com as sandálias na mão,
Ela caminha pela água pouco profunda
Até às areia de cristal.
Magnífica, com a brisa a agitar-lhe os cabelos.

A sua filha está salva
E é livre, finalmente - assim como Marta e Lázaro.
Longe estão os terrores da tirania
E os caprichos do mar. A paz e a alegria rodeiam-nos.

Miriam olha com ternura para filha
Nascida no deserto do exílio.
“Chamei à minha filha Fora do Egipto”
Sara.
A escolha de Deus não fora um filho
Para pegar em armas,
Rebento da casa de David e da tribo de Judá,
leão para esmagar o punho brutal de Roma
E reclamar o trono real.
Não. Desta vez, Deus
Escolhera uma filha.

(...)
Maria Madalena e o Santo Graal
de Margaret Starbird

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