A REVOLTA DA NATUREZA MÃE...
OS ELEMENTOS DESVASTAM A NOSSA ARROGÂNCIA
Os fogos, os furacões os tsunamis, as cheias...o mundo balança ao sabor das intempéries...como não acontecia há cinquenta anos ou há um século, dizem os telejornais.
Cada dia e cada ano mais intensos...cada dia e cada ano pior...as secas e os fogos incontroláveis...os animais que morrem, as pessoas que ficam desalojadas, na miséria...o petrólio que aumenta e as guerras que não param, a fome que mata uma criança em cada segundo...
Até quando nós vamos continuar impávidos a olhar a televisão como se tudo se passasse noutro planeta?
Até quando continuaremos a dar festas e festivais, a rir e a cantar e a fingir que não é nada connosco?
Ninguém pensa, ninguém para, ninguém olha para os factos com lucidez e muda o que está mal...a começar na forma como olha para si mesmo! E quando pensa, é sempre noutro continente o tsunami, o fogo, a cheia, até chegar ao nosso quintal a arder a nossa casa...
Coimbra é uma lição...
Mas os Governos continuam a discutir as leis...e o “aborto”... os terroristas e as políticas de partidos, os candidatos, “os mensalões” e outros desfalques e lavagens de dinheiro...
Em Portugal os traficantes de interesses, todos os partidos e os corruptos vencem as Câmaras e o povo gosta é de arruaceiros que sobem na vida a roubar dinheiro e são populares, iguais a eles, vem de baixo e sobem a punho...São os que (os) vingam na vida!...
Metade do país ardeu e vai continuar a arder, a seca aumenta para o ano, o desemprego, o medo a desconfiança, vamos a votos, ninguém é verdadeiro, mas nós vamos construir um novo aeroporto na Ota e um TGV para turistas, economistas, empresários e deputados viajarem...
Convém a alta velocidade para quem passar não ver a terra queimada e a miséria e atrazo do povo português que é quem fica sempre a arder...
Ninguém pensa que está à beira de um abismo e continua a olhar para o fogo de artifíco que esta civilização é...
Quando dermos por nós estaremos todos no fundo...
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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