O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, agosto 16, 2005

LUA DAS FOGUEIRAS...

Ó Lua das fogueiras
queima as minhas memórias e medos,
as minhas velhas feridas e mágoas passadas,
cura todas as minhas chagas
de lutas guerreiras, insanas, de templário e cátaro,
todas as minhas dores de bruxa, sacerdotisa e curandeira
sempre perseguida pela turba, queimada nas fogueiras..

Limpa a minha aura do sangue e da mentira de séculos
em que fui perseguida por reis, bispos e monges fanáticos
e dá-me a força renovada, a das tuas águas, mares e fontes abençoadas,
e permite o retorno às tuas Florestas de gnomos, duendes e fadas...

Ó Lua das fogueiras,
deixa-me dançar nua e selvagem até o amanhecer
ao som dos teus cânticos sagrados,
em evocação da Grande Deusa Mãe,
para através do seu Eterno Poder
despertar em mim os dons de cura e amor,
na celebração deste dia pagão
a fim de lembrar-me de todos os feitiços e sortilégios
que sei no fundo do coração...

Ó Lua das fogueiras,
dá-me a liberdade de ser una contigo
e une as sacerdotisas de Atlântida e Mu e do Egitpo...
Que venham de todos os cantos do mundo
iluminadas pelo Teu halo sagrado!

Faz com as nossas mãos mais uma vez se se dêem à volta das fogueiras
e pela tua magia nelas acorde a lembrança deste pacto antigo
unindo de novo todas as mulheres neste voto há muito esquecido...

E cantemos todas em uníssono:

Vem Mãe...

Salvar a Terra e as Florestas,
os animais as crianças e as mulheres das guerras infames dos homens,
dos magos negros e seus algozes, dos seus ódios...
entoando o Teu cântico de Amor, Paz e Fertilidade.

Faz com que para sempre ergamos a nossa voz
e do cimo da mais alta montanha á caverna mais recôndita
todos nos ouçam gritar o Teu Santo Nome e que Ele ressoe na terra inteira,
libertando a Humanidade da opressão e do medo!


R.L.P.

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