imagem de Monserrat
“ O que acontece nos sonhos, acontece na arte: o imprevisível não tem de justificar-se, tem de ser entendido a uma luz mais vasta, existe de tão pleno direito como o que é previsível. “A ciência pára nas fronteiras da lógica”, diz Jung, “mas não a natureza, que floresce onde nehuma teoria ainda penetrou.” Ou, numa linguagem directamente simbólica:
“Cinzenta, caro amigo, é toda a teoria, /verde a árvore dourada da vida”(Fausto,vv2038-2039)
(…)
O inconsciente colectivo não tem fundo, não tem forma, não pode conhecer-se a não ser nas suas manifestações, imagens arquétipicas, ou primordias, mitos, e símbolos.
É o reino das Mães (…), onde não existe espaço nem tempo, e para o qual não há caminho. É o reino de solidão, de vazio. Onde não se ouve o passo que se dá, onde nada de sólido permite que se pare. “No que tu chamas Nada”, diz Fausto, “espero encontrar o Tudo”(…) O Nada onde se encontra o Tudo, o inferno (o abismo) que é o céu, é o símbolo do inconsciente, matriz (daí a ideia das Mães), da realidade criada. O inconsciente, como o reino das mães, é o espaço indefinível “das formas possíveis” “Formação e transformação” é a isso que assiste, com as Mães, que não vêem as coisas, vêem somentew “esquemas”
(…)
LITERATURA E ALQUIMIA
Yvete K.Centeno
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