O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, junho 30, 2006

O pássaro é pois um símbolo de transcendência do Eu Superior, em que os opostos se encontram conciliados, como a gravura do Rosarium em que o pássaro coroa a conjungação do rei e da rainha, do sol e da lua. O pássaro sob a estrela indica o carácter luminoso, numinoso, ou seja, espiritual, dessa união.
(...)
O Andrógino hermético é o símbolo mesmo da transcendência interior: o homem integra a anima, a mulher o animus, nesta dupla fusão. O pássaro é totalizador desta experiência (...)

...O que significa, simplesmente, eu sou a conciliação dos opostos.

Disse-se atrás que o pássaro é um veículo, um transportador. Podemos concluir agora que é um símbolo da ponte que o próprio símbolo é.


in LITERATURA E ALQUIMIA
Y.K CENTENO



"L'écho assourdi d'une symphonie oubliée résonne à nouveau en notre mémoire"


(...) O “eu” é o portador do nome que assiste,
impotente, ao julgamento do seu coração.

O Nome é o verbo aparente da personalidade humana terrestre; ele devia ser a expressão do seu Ka e da sua natureza, se ele estivesse correctamente atribuído. Ele é sempre a fórmula mágica que conserva a sua imagem na memória dos seres.
Ele é a veste do eu egoísta; é por isso, que quando este eu egoísta se apaga diante do homem consciente do seu fim altruísta, nós modificamos o seu nome para o pôr em harmonia com o seu Ser e a sua função verdadeira.

- Porquê que é que a alma - pássaro (BA) fica à parte na cena do julgamento?

- A alma divina é neutra, impassível e indiferente a esta história pessoal.

Se o homem não cultivou a afinidade do seu KA por esta alma, se ele não estabeleceu, por um apelo constante ao seu ser espiritual, a relação que é a sua consciência recíproca, a alma volta para a sua pátria, e o seu ser unificado não se poderá realizar."


In HER-BAK “Disciple”, de Schwaller de Lubicz.

Sem comentários: