O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, janeiro 16, 2008

MULHERES E DEUSAS...


Oh Ana!

A minha liberdade de expressão quanto ao blogue sempre foi a mesma...e por isso achei contraproducente você ter e depois continuar com um nome que se pudesse confundir com o meu e disse-lhe...Eu sou uma mulher controversa, sou uma mulher livre, com muitas facetas e não tenho medo das palavras, nem tenho nenhuma filosofia ou ideia que não seja a que me vem no momento. Não sou uma boa parceria…nem sou uma senhora bem comportada. Foi você que aceitou ser confundida comigo. Claro que você não sabia mas eu escrevi-lhe. Eu já tinha este Blogue há mais de 7 anos, tenho um livro (por publicar) com o seu nome… Porém você é livre das suas escolhas. Assim como a criatividade é livre. Pode ser transcendência, ou insanidade por vezes, sair da norma, do conceito e do correcto. Por isso acho piada à escrita da Juliana! Umas vezes gosto muito, outras pouco, outras discordo mas nada tenho a ver com a sua escrita. É dela. Assim como tudo o que ela diz pensa ou acha. E gosto dela e basta.

A escrita serve para nos libertar e não amarrar a conceitos e fórmulas. A minha bruxa diz coisas que eu não digo...apanha-me desprevenida, mas eu não a calo. Abra o espírito, o coração e a alma e seja flexível consigo mesma. Olhe a sua Sombra e veja o que nela esconde, faz parte de si também; mais tarde ou mais cedo ela APARECE. Durga é Kali. E Kali tem imensos braços e facas e espadas para cortar cabeças… A susceptibilidade não serve para nada. Aqui é tudo virtual e aparente, não há consistência. Já com a ética é diferente. De facto não minto. Mas não sou nem política nem espiritualmente correcta, nem vou atrás de conceitos nem farsas nem mentiras – a propósito quem é você? Luís, Durga ou Ana? - nem tenho propósitos estabelecidos por critérios teóricos. Mas não minto nem lhe menti no que disse, contudo o que eu penso é mais vasto, contraditório e paradoxal. Além de que gosto de brincar, tenho sentido lúdico, do dúbio e variado das coisas. Não tenho amarras no mundo da ilusão, não acredito em projectos, não devo nada ninguém nem satisfações; tudo isto e a vida é uma brincadeira divina. Mas fiquei sim senhora irritada por segundos com a sua conversa tão séria. Desligue faça favor o que quiser com o meu ou o seu blogue, com o meu link, tudo é irrelevante. A vida é apenas o momento, uma oferenda, um estado de alma ou um estado de graça. Tudo se dilui no acaso...Não preciso de deus para nada…eu sou a santíssima trindade e olhe que falo a sério. Não há deus nem diabo acima de mim… Eu sou mulher, deusa e bruxa, sou velha e nova, mulher e homem, andrógino, sou o cavaleiro e sou a Dama, a mãe e o filho… o Graal…
Para você me entender um dia e o que eu digo era preciso dar uma volta de 180 graus…e ser tão velha como eu…

Mas voltando ao tema: como é que sabe que fui eu que disse o que diz que eu disse ou que não disse se a única coisa que é válida é o que sabe que eu lhe disse a si? Se não conhece os contornos nem os contextos nem os acasos nem as circunstâncias que me poderiam fazer dizer a mim outra coisa diferente da que lhe disse a si? Quem me garante que fui eu que disse e o quê e a quem e a que propósito?
Toda a gente que conta um conto acrescenta-lhe um ponto, ou não é assim?

Mantenho que fiquei aborrecida e não acho nada adequado termos o mesmo nome de blogue e disse-lhe que a escolha era sua. Disse e não desdisse que sabia que foi acaso ter feito o blogue com o mesmo nome e não tenho mais nada para dizer. Se falei em colagem ou em plágio é uma forma de expressão, em geral… Sei que não sabia da minha existência, mas não gostei de encontrar outro blogue com o mesmo nome do meu. É parvo, mas estava muito apegada, confesso, sou vaidosa, gosto de ser única, inconfundível.

De resto minha querida alma, nada disto tem qualquer importância e para lhe ser sincera mais uma vez, eu não confio verdadeiramente em ninguém, nem creio na lealdade feminina ou outra e não me contradigo. Mas sou amigável acredite quando sinto e creio na autenticidade das pessoas até mesmo quando elas não sabem que mentem e acreditam que o que dizem é a sua verdade. Aceito os excessos as contradições a loucura das pessoas. Porque sei que a nossa humanidade é assim variável, grandiosa e mesquinha, sublime ou grotesca, de acordo com as nossas fantasias, crenças e vontades, de acordo com os nossos sonhos e interesses e toda a nossa complexidade…

Estamos muito longe de sermos unos e coesos e não há nada ao cimo do Planeta que mude a natureza das coisas a não ser quando estivermos todos noutro nível de consciência (não mental) ou noutra dimensão que não a 3ª se por acaso viermos a sair desta dualidade terrákia…
Da humanidade, eu de diferente sou só suficientemente matura para saber isso e não me deixar afectar com os meus paradoxos, PORQUE, AFINAL NUNCA NADA É BEM COMO SE DIZ...

Tenho pena que tenha sido assim…e não precisa de dizer mais nada!

Rosa leonor

6 comentários:

Nana Odara disse...

cravo e ferradura... não vi nada disso impressão tua... apenas a verdade... e com muita coerência...

Lealdade Feminina disse...

Ana, antes vc não sabia, hipoteticamente falando, claro...
Mas agora vc sabe... errar é humano, mas persistir no erro é outra coisa...
E se vc ainda não sabe a diferença entre criar uma coisa e copiar uma coisa que já existe, então boa sorte nas suas formações... Vivendo e aprendendo a viver...

Anónimo disse...

Não eu não dei uma no cravo e outra na ferradura como é meu costume,para harmonizar as coisas, mas também não respondi à letra às estúpidas insinuaçõees e lugares comuns. De bruxa passei a carrasco...imagine-me a queimar mulheres tão íntegras na praça pública...que nem um inquisidor...
Mas que má aprendiza de feiticeira ou de deusa esta menina ofendida...que confusão de narizes que para aqui vai...mas tudo na vida se inverte e de vítimas passa-se a carrasco!!!

Vamos encerrar sim a cena em não sei quantos actos aqui mesmo. rosa leonor

Anónimo disse...

Juliana: eu acho você uma mulher ainda muito idealista ou imatura... Ninguém que comete erros os aceita, mas passa ou acusar os outros dos seus erros.E não pense que o ego perdoa, é sempre o outro que falha...nós estamos sempre certas...A confusão entre os humanos é total, por isso cada macaco devia só limitar-se ao seu galho...mas queremos salvar o mundo, impressionar as multidões sermos amados e metemo-nos em galho alheio e fazemos porcaria. Depois ficamos ofendidas ou matamos um link...e como quem com ferros mata, com ferros morre...
Esqueça a lealdade e volte-se para si mesma, fale só de si e das mulheres fantásticas que connhece e admira porque as há de todas as espécies: em geral elas são cruéis e mazinhas umas com as outras...e adivinhe: esta foi no cravo ou na ferrudura?
Não me leve a mal a crueza...

Anónimo disse...

Ah!..e aprenda a lidar com os paradoxos e aparentes contradições porque a coerência humana não existe senão no papel. Somos sempre uma espécie de sobreviventes de qualquer coisa, nós as mulheres e por isso temos de defender a nossa pele e a dos nossos nomes...Só quando formos fiel à Fonte e o Espírito for Uno, as consciências elevadas, esta luta cessará e os antagonismos. Por causa de um simples nome - preservar a nossa identidade - tanta confusão e fui eu que a fui buscar...talvez seja eu até a responsável. Devia ter desligado logo à partida e não me desliguei. Paga-se sempre o preço da nossa vaidade..eh eh eh..fala a bruxa...rl

Anónimo disse...

Bruxinha... eu sou mesmo idealista... talvez um dia seja diplomática... se tiver a sorte de viver e ir amadurecendo... Quanto à coerência eu disse que somos uma invenção incoerente dos deuses... pois é somos mesmo... mas isso não quer dizer que devemos simplesmente dar de ombros e deixar andar... sobretudo não é por ser mulher e por acreditar na construção de uma lealdade feminina como parte de um caminho novo para as mulheres, que eu devo compactuar com determinadas coisas cujas autoras são mulheres... eu tbm sou brasileira, por exemplo mas tbm não compactuo com o que cada brasileiro faz... Pq eu busco ter alguma coerência na minha vida, e acima de tudo isso pq é essa a formação que eu tenho, meus valores... Não sei ser de outra maneira... Não acho tbm que foi mera vaidade... vc foi ferida num ponto sensível da sua criatividade, e era importante deixar a situação esclarecida...
Bom dia minha bruxinha linda...
não vou cair na pilha hoje não... ontem foi aniversário do meu bebezão e tamos numa onda boa... hahahahahahahahahaha...
tbm sei rir como bruxa...
Juliana
Acabei de acordar, ainda não sei se foi no cravo ou na ferradura... posso pedir ajuda das cartas?
hahahahahahahahaha...