O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, março 24, 2008

TERRA-MÃE E MULHER

" Embora as mulheres tenham conquistado um certo nível de emancipação e ingressado no mundo do trabalho assalariado, elas continuam sendo exploradas e menosprezadas através de salários menores que os dos homens e tendo que assumir, na maioria das vezes, jornadas duplas de trabalho."

"Percebe-se, no decorrer da história, que as mulheres são mais fortemente comovidas por catástrofes naturais que os homens e, ao mesmo tempo, são as primeiras a protestar contra a destruição ambiental (MIES/SHIVA, 1995: 9). "

" A ecologia profunda possui uma visão holística do mundo, concebendo-o como um todo e não como um conjunto de partes dissociadas, sendo os seres humanos considerados como parte integrante do meio ambiente. Esta concepção está baseada no questionamento profundo dos paradigmas existentes na sociedade, numa perspectiva ecológica" (CAPRA, 1996).

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