O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, março 21, 2008

E os homens, hein?!!!


ABSOLUTAMENTE DE ACORDO...


Muita gente nos pergunta porque a opção preferencial pelas mulheres. Em primeiro lugar, não é exatamente pelas mulheres enquanto gênero, como se fossem uma metade do planeta. Precisamos deixar de ver a mulher como uma mera cópia em negativo do original masculino, ou como a costela de um ser superior e mais antigo. Mulheres são, a rigor, uma overdose da energia Yin do planeta, que habita todos os Seres, inclusive machos. Da mesma forma que as fêmeas também dispõem da vibe Yang.

Nem mesmo as polaridades Yin e Yang são separadas, elas se interpenetram, se fundem, e ainda assim são avaliações reduzidas de algo muito maior, quase intraduzível - a soma sagrada desses eixos inversos e complementares, que a cultura oriental chama de Tao. O princípio feminino, presente em diferentes proporções no homem e na mulher, gera disponibilidade para o cuidado, para a espera, para a receptividade, assim como o princípio masculino, existente também em diferentes doses no homem e na mulher, cria abertura para a iniciativa, a exteriorização, a estruturação da razão.
Ambos são absolutamente legítimos e necessários em seus contextos específicos. Mas a História terráquea tem privilegiado o princípio masculino, entortando a raça humana para um lado, bombando o racionalismo e a lógica cartesiana – inclusive nas próprias fêmeas.
Não se trata de queixas panfletárias, mas de compreender primeiramente que o mundo adoeceu quando fez esta escolha por uma das polaridades, erguendo instituições e ideologias a favor dos valores masculinos como se fossem naturais e “normais”.
Precisamos empatar esse jogo.
Pelo bem de todos.

RICARDO MARTINS

Sem comentários: