Respondendo às minhas leitoras do Brasil QUE ME PEDEM O LIVRO queria dizer que a primeira coisa que farei depois do lançamento do livro será encontrar uma forma de ele chegar às suas mãos...não sei como será porque a editora não pode enviá-los, mas creio que havemos de arranjar maneira de o fazer da forma mais económica posssível. Sem dúvida que se eu pudesse enviaria a todas as leitoras e amigas um exemplar grátis, mas admito que não posso fazê-lo a não ser que se vendam milhares de livros e não apenas os mil exemplares...
Há-de haver um meio que faça a ponte entre o Brasil e Portugal, sem ser a via comercial...
Na verdade a maior parte das minhas leitoras aqui são brasileiras e para mim isso é muito gratificante.
12 comentários:
Amiga Rosa,aguardo ansiosamente pelo,teu livro aqui no Brasil,e aproveito paa deixar este texto do livro lançado agora em portugues doescritorEduardoGaleano,Espelhos: ...faz já algum tempo, tive a sorte de ver as pinturas rupestres na caverna de Altamira. As pinturas rupestres mais famosas do mundo em Altamira.
Eu as vi estendido em uma mesa de pedra e olhando para o teto – porque estavam pintadas no texto da caverna – e então me fiz uma pergunta, que é a pergunta que está aqui no texto, que vou ler agora: “Estas figuras estão ali pintadas nas paredes e nos tetos das cavernas: bisões, alces, ursos, cavalos, águias, mulheres, homens...não têm idade.
Nasceram há milhares e milhares de anos, mas nascem de novo cada vez que alguém as olha. Como puderam eles, nossos remotos avós, pintar de maneira tão delicada?
Como puderam eles, esses brutos que lutavam com as mãos contra animais ferozes, criar figuras tão cheias de graça?
Como puderam eles rabiscar essas linhas voadoras que escapam da rocha e ganham o ar? Como puderam eles...ou eram elas...ou eram elas?
Repeti essas perguntas durante muitos anos. Fui lendo os livros que iam aparecendo sobre o tema e comprovei que a pergunta não era muito freqüente porque a ninguém ocorria a possibilidade de que as pinturas pré-históricas fundadoras da beleza no mundo fossem obra de mulheres.
E isso não tem nada de raro, porque as mulheres têm sido transformadas em ninguém pela história oficial e maltratadas pela história real.
Estamos acostumados a condenar com toda razão as atrocidades cometidas pelos fundamentalistas islâmicos contra as mulheres, mas não estamos tão acostumados a inteirar-nos, por exemplo, de que a Igreja Católica – que me formou; eu tive uma infância muito católica – proibiu durante sete séculos e meio, até bem pouco tempo (até mil novecentos e vinte e pouco), que as mulheres cantassem nos templos.
E proibiu porque as vozes das filhas de Eva sujavam a pureza do ar.
Tampouco estamos acostumados a inteirar-nos de que a revolução laica por excelência - a Revolução Francesa que chegou para fundar a igualdade de direitos no mundo - proclamou lá por 1793 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, mas quando uma militante revolucionária, chamada Olímpia de Gouche, propôs uma Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, a Revolução Francesa cortou-lhe a cabeça na guilhotina...
Leia mais em ://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15375
A revolução, que é ainda de difícil complexidade para nossa análise, pois que trouxe avanços à humanidade mas também reafirmou velhos valores patriarcais. Todas as suas principais figuras - homens e mulheres - sucumbiram no cadafalso. Não foi só Olympe de Gouges, mas Madame Roland, Rose Lacombe, Charlotte Corday, Lucile Desmoulins, Thèroigne de Méricourt (morreu louca em um hospício), a própria Maria Antonieta, a Du Barry, todas mulheres que se destacaram por uma razão ou outra. Eu sei disso pois estive lá. Também doei meu sangue ao cesto na Place de la Révolution. Hehehe...
Mas, de forma imperdoável, já me ia esquecendo de felicitá-la, Rosa, pela publicação do livro. Também quero adquirir uma cópia.
Abraços fraternais.
OBRIGADA ANNA pela sua informação. Espero arranjar uma maneira como digo de fazer chegar os meus livros ao Brasil.
- pode sempre publicar o que quiser porque a finalidade é difundir a nossa conciencia da mulher. Eu faço o mesmo.
um abraço
rosa leonor
Obrigada Jossaphat (tem de me dizer o seu nome) e espero que sim que o livro possa chegar às suas mãos. Alias eu bem me lembro de si no tempo da maria antonieta... sei que se lembra com eu me lembro, na pele...
um abraço
rosa leonor
Querida Rosa,parabéns pelo livro.Regozijo-me cada vez que uma autora lança um deles nessa sociedade arcacaica e machista.Pequenas pedras destroem gigantes.
Quanto ao seu livro no Brail, coloco-me à sua disposição para contribuir de alguma forma nesse projeto.
Aqui trabalho há dez anos numa pequena editora.Faço além de edição de novos autores,palestras para crianças e adolescentes sempre incentivando a leitura e a escrita e mostrando as pessoas o livro como um transformador social.
Quero agradecer pela imensa contribuição que você tem dado à minha vida.
Ontem participei de um grupo de discussão sobre gravidez na adolescência e falei do desrespeito à mulher, da triste condição feminina no mundo.De como a responsabilidade final e toda a "culpa" recai sobre a mulher.
Foi impressionante como as mulheres se solidarizaram, como se envolveram no debate e quanto elas estão inquietas para modificarem isso.
Conte comigo,Rosa...
Havemos de espalhar essas sementes pelo mundo.
Um grande beijo
Edilene Santos
editoranativa@ig.com.br
Perdoe-me os erros do comentário acima..Acho que me empolguei e nem corrigi rss
bjs
Não se preocupe com os erros...
Fico-lhe muito grata pela sua ajuda e veremos em tempo como é que podemos fazer.
Logo que acabe este periodo de azáfama e stress passamos para esse plano.
um abraço
rosa leonor
não se esqueça de mim....
Claro que não a esquecerei nem a si nem a ninguém. Vamos ver se conseguimos com a ajuda da Edilene levar os livros para aí...
um abraço muito grande
rosa leonor
Nem só de mulheres são compostos seus admiradores. Rs!
Semente sagrada...bonito nome e melhor ainda saber que não são só mulheres mas há homens que também me lêem...Que sejam boas as sementes deitadas à terra, meu amigo...
um abraço de raízes
rosa leonor
Enviar um comentário