O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, junho 04, 2012

QUE MULHER SOMOS?


Angelina Jolie - uma das mulheres mais belas do cinema americano num papel de homem...

A MULHER DO TIPO MASCULINO…


"Nesta descrição da vida amorosa todo o parti pris de rebaixar a mulher me é estranho...Mais, estou a ponto de admitir que existe uma quantidade de mulheres que amam segundo o tipo masculino e desenvolvem igualmente uma sobrevalorização sexual própria deste tipo.”
(Freud, 1914)


"Freud assume uma atitude de fascínio pela mulher, atribuindo-lhe um estatuto de grande desproteção e fragilidade, em que ele responsabiliza a sociedade da época, considerando que o tipo de relação de objeto, narcísico, pelo qual a mulher opta corresponde a uma compensação dessa falta. Considera no entanto que algumas podem optar pela escolha de objeto masculina. Nestas posições, Freud não considera a mulher na sua originalidade e diferença, sendo definida sempre em comparação com o masculino."

Teresa Flores Narcisismo e Feminilidade Climepsi.



cristina simões

4 comentários:

Anónimo disse...

Verdade!

O parâmetro é sempre o homem, ou seja, o cume almejado seria tornar-se homem.

rosaleonor disse...

é ISSO O QUE MAIS ME IMPRESSIONA.

E que tenham passado tantas décadas...ou mais de meio século e as mulheres continuem a seguir esse padrão...

abraço

rleonor

ME disse...

O 'critério da verdade' continua a ser o masculino, porque são eles que fazem teoria, que são lembrados nos compêndios, que a História guarda. As mulheres são silenciadas ou optam pela resistência em silêncio; e as que não se calam são afastadas e difamadas. Loucas, todas. Anormais, todas - é assim que são vistas pelos homens e pelas outras mulheres. É como se o modo de ser das mulheres - de metade da Humanidade - fosse um disparate...

Ná M. disse...

Eu acho que existe parâmetros e valores que são considerados como femininos ou masculinos,mas são ambos, femininos e masculino, em sua essência... De acordo com o estudo de alguns mitos, como o de Psique, ou outros como a descida de Inanna ou da Vasalisa a sabida, penso que a mulher deve aprender a incorporar em sua psique os aspectos que foram relegados ao inconsciente por serem considerados masculinos...Não se trata de se tornar homem, de relegar aspectos como a sensibilidade, a receptividade, ou o cuidado com os outros, mas desenvolver a atenção focal, tomar consciência pouco a pouco de si mesma...