O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, setembro 15, 2015

OS MIGRANTES?


NADA MUDOU... DESDE 1969

"São esquisitos, baixos e com bigodes e barbas. Chegam, na esmagadora maioria, homens. Elas, quando vêm, cobrem os cabelos com panos e não usam saia acima do joelho. Muitas são proibidas pelos maridos de cortarem o cabelo. Por vezes, eles ameaçam-nas com uma chapada ou um murro; elas, subservientes, baixam a cabeça e colam as mãos ao ventre. Trazem com eles uma paixão fervorosa pela religião. 
(...)
Chegam sem falar uma palavra da nossa língua. Parece que fogem de uma guerra qualquer lá no país deles, da fome e da miséria. Não têm, por isso, noção de amor à nação. Fogem em vez de defenderem o seu país e lutarem por uma vida melhor lá, na terra deles, vêm para aqui sujar o nosso país com a sua imundície. Atravessam países inteiros a pé ou à boleia para chegarem aqui. Pagam milhares para saírem do seu país e vêm ficar na miséria. Alguns têm muitos filhos, muito mais do que aquilo a que estamos habituados. Deixam-nos sozinhos ou com os irmãos mais velhos, que não vão à escola. Mas são muito trabalhadores."

 Sim, definitivamente os "Migrantes" são gente como nós...

Gente que sofre como nós, que respira como nós, mas não pensa como nós... nunca pensou nem nunca vai pensar...e são todos brancos ou morenos, mouros, como nós...
Entretanto fogem da guerra  e mais do que da guerra, o que perseguem é o sonho europeu de uma vida melhor...os filmes e as casas e subsídios e reformas...e deixam as mulheres e os filhas para trás?
Mas  será que nós (o povo, os pobres e os sem abrigo, os reformados) temos uma realidade melhor do que a deles?
Isto é ser xenófobo?
Claro, não há comparação...nós não temos  a guerra, o sangue e os mortos (ainda não), nem as bombas e as casas destruídas (ainda não) ...não, não temos ruinas...escombros, mas muitas famílias vivem na miséria e em bairros miseráveis e tantas outras (menos claro) foram postas fora de suas casas (pelos Bancos) intactas e não tem empregos e imigraram milhares de jovens por não terem lugar nem emprego aqui - sei de tantas gente bem formada... e formada, experiente e ciente sem emprego e sem subsidio no seu pais; pessoas sem esperança e sem saida, com filhos menores etc.
E nós não conseguimos ser solidários uns com os outros AQUI...
Fazemos manifestações de solidariedade pelos outros, enquanto que aqui, estamos mergulhados na prática secular de uma miséria camuflada, de uma pobreza envergonhada, sem emprego e caluniamos os nossos de mentirosos e preguiçosos e os outros é que são desgraçados...
Não, "não tem comparação" eu sei - mas pensar e dizer isto é crime?

É por isso que me chamam Nazi? Xenófoba?
 

Eu apenas constato, que não somos fraternos com o vizinho da frente...É só isto: nós não somos solidários com o pobre e o desgraçado aqui ao lado - este é só o meu ponto de vista - porque eu AMARIA amar toda a gente indistintamente e dar o que tenho, mas não tenho que dar...e amaria esquecer que estes povo que invade a UE é de uma cultura e de uma formação misógina, patriarcal e fundamentalista e que não alteram os seus costumes e crenças de forma alguma. 

Eu até já fui comunista...fui idealista...fui marxista, fui positivista e humanista, fui espiritualista, mas agora o que vejo é o que vejo: uma enorme contradição nisto tudo...em tudo o que ouço e dizem - mas mesmo assim gostava de poder amar a Humanidade - ainda sonho poder amar cada pessoa, branco, negro ou amarelo...mas como mulher, DESCULPEM, estou no meu direito, pensar como este homens, TODOS eles tratam as mulheres...


Eu nunca fui racista...mas  TENHO MEDO, TENHO MEDO SIM, e vem-me uma duvida enorme se os hei-de amar ...se hei-de amar e dar a outra face a quem me mata e esfola ou enterra viva a qualquer pretexto de fé e de lei...ASSIM SEM MAIS, À PEDRADA OU ME ENTERRAM VIVA - e digo isto porque para mim, TODAS AS MULHERES DO MUNDO SÃO MINHAS IRMÃS...e eu tenho medo...e ter medo é ter consciência do que está acontecer contra todas as aparências ...e sei que só o veremos quando for tarde demais.

Não, não sou corajosa nem crente...porque sei que esta cegueira colectiva, a dos homens e mulheres de "boa vontade", muito solidários com os estrangeiros, e que preferem chamar-me a mim xenófaba ou racista ou nazi,  a verem um palmo a frente do nariz.
Gente tão solidária com os outros que nõa conhece mas que ataca ferozmente quem ousa pensar e dizer o que pensa...sem pensarem primeiro!

Rosa Leonor Pedro

 

4 comentários:

chirleymaria2@gmail.com disse...

Não sou da UE, porém te entendo perfeitamente e acho que você está muito certa!

Anónimo disse...

Rosa Leonor, passo pela mesma situação.

Estou com muito medo do "bom samaritano" português, que para defender o seu ponto de vista à recepção dos migrantes/refugiados, nega o direito do mesmo, àqueles que não concordam, e por isso estão prontos a linchá-los. Já o fazem, nas redes sociais, chamar "xenófobo" e "racista" são mimos, pois o insulto vai por aí acima.

Acredito que a tolerância do "bom samaritano português" é falsa, porque o verniz lhe estalou tão rapidamente.

Não desmoralizemos nós!

rosaleonor disse...

Obrigada!

Precisamos mesmo de ficar conscientes de tudo isto...
um abraço

rlp

Ná M. disse...

Eu entendo perfeitamente seu jeito de pensar!!!! E concordo com ele.