A maior doença da alma continua a ser a submissão. Aos outros. Às suas ideias, pressões, medo, expectativas, as suas leis, estatísticas, tratamentos.
- Quem o diz é:
GHISLAINE LANCTÔT
Há seres neste mundo – poucos e raros é certo – que me comovem até às lágrimas pela exemplar conduta face aos requisitos da consciência e do coração. Ghislaine Lanctôt, a médica canadiana que praticou a sua especialidade de medicina, flebologia (tratamento de varizes nas pernas), durante vinte e cinco anos, considera que foi no contacto com os seus pacientes que questões fundamentais relacionadas com a saúde e o exercício da medicina se foram colocando à sua consciência. Assim, em vez de se render à vida confortável e aos privilégios que o exercício da profissão lhe proporcionavam, esta médica, mãe de quatro filhos e nove netos, investigou detalhadamente o seu meio profissional e a atitude da ordem estabelecida face à saúde e à doença dos seus cidadãos. Em 1995, como consequência desta investigação publica “The Medical Mafia”, um livro polémico em que nos revela como os governos, as organizações internacionais, os laboratórios e as entidades financeiras em geral manipulam os sistemas ligados à saúde.
Este livro causou uma tal polémica que a médica foi julgada pela “Medical Board”, considerada “culpada” e a sua carteira profissional retirada de forma definitiva. Teve além disso de pagar todas as despesas do processo.
O livro foi reeditado em 2002, com grande sucesso.
No seu processo de libertação interior, deixou de se identificar com o nome “Ghislaine Lanctôt”, passando a ser apenas “Ghis”. Isto criou-lhe de novo problemas com a justiça, acabando por ser presa recentemente durante dois meses por uma questão de impostos. Na prisão viveu uma memorável experiência de profunda liberdade interior, que deu origem ao seu novo livro “Madame Ghis – Escape in prison”(2009).
O seu site pessoal é http://www.personocratia.com/
Mariana Inverno
5 comentários:
Obrigada, Rosa, por este "achado" precioso.
A acção e o pensamento desta mulher merecem ser divulgados.
Abraço
Luíza
Durante Agosto, não há médicos do instituto disponíveis à noite
Vítima de violação aguarda doze horas por exame do Instituto de Medicina Legal
19.08.2009 - 11h51 PÚBLICO, com Lusa
Uma rapariga de 17 anos foi vítima de violação sexual na noite passada. Ao dirigir-se ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o pai da menor foi informado que não estavam disponíveis peritos do Instituto de Medicina Legal para a examinar e que a filha teria de aguardar doze horas, sem tomar banho ou ingerir alimentos, até que fosse vista por um médico do instituto. A razão para a espera: durante o mês de Agosto há apenas três médicos naquele serviço e na escala nocturna nenhum está disponível para realizar peritagens por falta de técnicos durante o período de férias.
continuar a ler em: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?showComment=1&id=1396770&idCanal=62
Que Humanidade é esta??? Concerteza que é o contrário desta grande Senhora chamada Ghislaine que teve a coragem de denunciar o sistema!!! Como é uma SENHORA, uma MULHER não deve respirar... Até quando o mundo condenará a essência feminina ao desterro??
abrç
Luiza: somos uma corrente...a Mariana Inverno encontrou-a e enviou-me esse pequeno texto que eu publiquei e a luiza propaga. É invrível haver mulheres já dessa envergadura enquanto nós aqui caminhamos tão devagar...mas entre o copo meio vazio e meio cheio, já sei que a Luiza vê pelo lado positivo quando eu ainda tenho muitos assomos de negativismo...
um abraço grande
rleonor
- tem que me contar um dia essa viagem a Avalon...
há esta alternância de acontecimentos...mulheres muito conscientes e por outro lado mulheres violadas sem assistência...o mundo patrialcal não funciona de outra forma até que nós mulheres sejamos mais fortes e senhoras de nós mesmas...
obrigada pela informação
um abraço
rleonor
Rosa,
O que a Ghislaine (Ghis) está a fazer é levar a sério e às últimas consequências toda esta teoria, de que é fácil falar, de que nós somos co-criadores da realidade. A nova Física tem levado a esta percepção de que somos uma só consciência e de que nós criamos tudo o que existe, ou seja, somos o Deus/Deusa criadora - a/o própria/o. Para muitos de nós isto já é óbvio, mas não vivemos como tal. Então esta Mulher encetou este magnífico caminho de libertação da condição menor em que vivemos, e o que ela propõe é de uma grandeza inimaginável, Rosa. Tenho passado horas a ouvi-la e o que ouço faz-me todo o sentido. Todo!
Abraço.
Luíza
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