A PERSEGUIÇÃO ÀS MULHERES, não era "dolce gabbana"
"Quando pela primeira vez, contamos a nossa verdade parece-nos assustador e perigoso, mas torna-se cada vez mais fácil. Na medula da nossa experiência feminina colectiva, sabemos que há riscos.
Algures nas nossas almas, rememoramos o tempo das fogueiras, em que as mulheres eram perseguidas e queimadas vivas como feiticeiras. Aconteceu em três séculos de inquisição. Quando nos referimos , nos nossos tempos, ao holocausto das mulheres , sabemos que houve mais mulheres... queimadas numa estaca do que as assassinadas com gás nos fornos nazis do holocausto da segunda guerra mundial.
Primeiro, queimavam-se vivas as parteiras por abrandarem as dores do parto (que iam contra o preceito bíblico), depois as curandeiras que sabiam usar as ervas medicinais , as mulheres que comemoravam a chegada das estações, as mulheres excêntricas, as mulheres com posses que alguém cobiçava, AS MULHERES QUE FALAM SEM MEDO, as mulheres inteligentes, as mulheres desprotegidas. Essa memória colectiva tem um efeito igual ao de um trauma pessoal reprimido. .."
Jean Shinoda Bolen
Travessia para Avalon.
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