O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, julho 05, 2016

UM DEUS MISÓGINO...


É PREFERÍVEL A MORTE A VIVER SEM DIGNIDADE...?


Mayssa Charrouf, uma jovem palestiniana na Jordânia, de 18 anos, acabou de se suicidar. Ela deixou uma carta de despedida comovente. Aqui estão algumas palavras:

" Eu não sei se Deus fez bem em me criar e me deixar viver entre estas pessoas. Todos me olham de lado quando ando na rua. Eles me chamam de puta, só porque me recuso a me comportar como uma mulher / escrava... Deus sabe que o seu reino aqui na terra tornou-se o teatro de um massacre diário? Será que ele fez deliberadamente esta terra oriental, onde ele enviou seus profetas, um cemitério para as mulheres?... Quem disse que a morte é uma coisa ruim e que a vida é muito melhor? É isto vida o ser constantemente violentada, estrangulada e espancada? Estou desolada pela nossa situação, nós mulheres do médio-Orientais, de sermos incapazes de nos defender. Estou cheia de ódio face a esta injustiça. Sou atormentada por esse assédio diário e por este vocábulo da puta que nos espreita a cada esquina, sem podermos fazer nada. Morremos todos os dias muitas vezes quando sentimos essa impotência... Eu quero renascer. Este mundo é estreito demais para mim. Preciso de jardins espaçosos e nuvens para sonhar. Eu quero viver."

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