O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, julho 19, 2016

SE



SE
(...)
"Se eu fosse o próprio Deus encarnado, provavelmente viria como mulher, para não deixar que minha doutrina fosse dominada pelos homens, e resgataria a imagem de mim mesmo não somente como Pai, mas como Mãe Divina. Nunca permitiria que as mulheres fossem maltratadas em meu nome, tachadas de bruxas malignas ou impedidas de participar de meu ministério. Falaria, e muito, sobre o sexo e o amor entre os sexos, mostrando que Masculino e Feminino são duas faces da mesma moe
da, e que a plenitude não pode ser alcançada sem a união destes dois princípios complementários. Sugeriria que a mulher aprendesse a pensar como um homem, e que o homem aprendesse a ver as coisas como uma mulher, pois a sabedoria depende da união dos opostos dentro nós mesmos. Nunca exigiria que meus seguidores se tornassem eunucos: mostraria que um homem e uma mulher, ao se unir, apenas repetem o Mistério da Criação, e escolheria eu mesmo um cônjuge para representar o Feminino e o Masculino em mim. Como poderia deixar qualquer legado a meus filhos sem tocar nesse assunto tão crucial?"


Antonio Farjani - autor

Sem comentários: