O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, julho 14, 2016

O TRANSFORMISMO é cultural




A MULHER NUNCA FOI ISSO QUE OS HOMENS INVENTARAM!

A essência do ser feminino ou masculino nada tem a ver com uma aparência fabricada pelos conceitos que pretendem defini-la a partida, nem com a moda ou os estereótipos criados pelo Sistema falocrático e patriarcal que anulou e fabricou uma mulher travesti, que alguns homens e mulheres imitam, seja a mulher "fatal" seja a "Barbie". Induzir os seres humanos a mudar de sexo por não se sentirem bem na sua "pele", ou a fazer operações, tomar hormonas, usar químicos, deformar o corpo não passam de mutilações sexuais, para representar um simulacro de um estereótipo criado pelo homem e pela moda e que não corresponde à Mulher Real...
Considero que ser homossexual, não tem que responder a nenhum desses estereótipos e a ser o caso em questão, do homem/mulher de barba, cantor ou transsexual? e agora manequim, isso não representa nada senão a fantasia e a decadência humana na busca de um ícone, de uma imagem falseada da mulher ou mesmo que fosse a busca da perfeição do andrógino, essa não é a via...
O transformismo seja ele qual for não significa nenhuma evolução social psíquica ou humana, nem liberdade individual! Todos os seres são ou deveriam ser  livres de viverem a sua sexualidade sem precisar de vestir roupas, cosmética, comportamentos ou padrões, etc. convencionadas...como é o "padrão" visual e social de mulher e de homem nesta sociedade sexista e alienada de valores verdadeiramente humanos! Qualquer SER HUMANO é o que É sem precisar de ser outra coisa. Porque "a coisa"...não é o sexo...é a Essência...é a Alma...Pode-se ser homem ou mulher e amar seres do mesmo sexo. Não ó forçoso mudar de sexo para seguir a convenção ou o padrão. Sentir-se mulher na pele de um homem ou homem na pele de uma mulher é uma questão cultural e social que obriga os seres a fixarem-se na mera aparência e numa tipologia forçada, baseada num mito cultural recente  e meramente comercializado. Todo isto faz parte de industrias milionárias que exploram e se servem da Mulher para ganhar dinheiro.


O SER HUMANO  É HOMEM E MULHER, e a sua sexualidade ambivalente, não precisa de se travestiar...




Sou  radical na defesa de um ser humano que nasce à partida  homem ou mulher porque sinto  que ninguém  tem de corresponde a nenhum estereótipo criado culturalmente como estritamente macho ou fêmea, seja qual for a sua aparência ou apetência sexual, porque  todos os seres humanos  são compostos de dois  lados, dois polos opostos e complementares, ao nível físico emocional e psíquico, tanto  como sou defensora das dinâmicas sexuais de atracção entre seres do mesmo sexo ou do sexo oposto; o que sou é contra a "mudança de sexo" como imperativo de um sentir-se diferente do padrão que é imposto por regra às pessoas.  Sentir-se atraído por seres do mesmo sexo ou não corresponder aos padrões de comportamento social para os sexos  não implica ter de mudar de sexo nem mutilar o corpo em nome de uma aparência porque essas dinâmicas se fazem dentro e não fora e por isso não aceito nenhum travestiamento ou transformismo no plano físico em nome de uma sexualidade inventada e fabricada pelo sistema falocrático, uma sociedade que mutilou e anulou a Mulher na sua essência, causando com isso toda a espécie de aberrações e distúrbios de ordem emocional e psíquica na humanidade. 

Não sendo a Mulher a mulher, o homem também nõa sabe o que é o Homem.  É só por isso que assistimos a este triste e aberrante espetáculo e ao sofrimento infligido aos seres humanos que sendo de um ou outro sexo amam seres do mesmo sexo e se veem obrigados - para serem aceites  - a mudar de sexo  pois é esta sociedade falocrática que impõe esse travestiamento por não aceitar como natural a expressão sexual livre, nem as diferentes sexualidades,  qualquer  sexualidade que não esteja  condicionada à procriação e ao casamento instituição.


RLP


1 comentário:

elise disse...

Enquanto o ser humano tiver a ideia de que existe realmente o outro,e não apenas uma imagem que fazemos acerca dele ( ninguem pode saber nada sobre o outro totalmente apenas facetas ), traduzindo a realidade por complexos próprios ( o que eu vejo, o que eu falo diz mais sobre mim do que sobre o outro) vai ter desrespeito acerca de generos. porque o projetar para fora é a máxima da cultura do falo exacerbado. O ir para dentro, restabelecer o cognitivo na sensação do aqui e agora , sentir-se bem com a sensação do seu corpo, acolher a si mesma na presencialidade, deixando o misterio do saber ao universo, confiando no presente assim percebo assim o feminino. Muito legal seu blog, adoro lê-lo. Abraços