A falsa liberdade das mulheres - não tem substância...porque as mulheres perderam há muito a sua ligação com ela. AS mulheres perderam a sua ligação com a mulher real, a mulher ctónica e visceral, a mulher interior. A mulher que se quis tornar igual ao homem perdeu não só a sua natureza profunda, a sua feminilidade essencial, assim como perdeu as suas referências matriarcais e matrilineares e toda a Mistica da Mulher ancestral, a mulher do inicio, não a mulher reduzida a escrava e a concubina a esposa e meretriz, depois das invasões bárbaras e cujo modelo ainda hoje perdura no Sistema patraircal.
As mulheres modernas pensaram que tinham tudo do ponto de vista material para ter sucesso no mundo dos homens, se assim fizessem, se lutassem pela igualdade ou liberdade, mas ao fim de várias décadas de teorias e ideologias as mulheres, apesar de profissionais e terem atingido lugares de topo nas universidades e formarem-se em todas as carreiras iguais aos homens, mas em casa e na família ou na rua elas continuam a ser abusadas e exploradas e violadas - mas elas não querem ver que houve um retrocesso e que voltaram a uma situação de perseguição e abuso. A sua exposição inocente como foi pensarem que podiam despir-se e ousar todas essas liberdades foi a causa de uma maior ofensiva e violência contra as mulheres porque elas partiram de um ponto de vista errado. A liberdade da mulher não se baseia na igualdade com o homem, mas justamente na sua diferença física e biológica e na afirmação do seu ser enquanto mulher sensual sensível e emotiva e no resgate da sua natureza ontológica. Por isso digo que as mulheres nunca foram livres no patriarcado.
Não, as mulheres não são livres neste mundo...toda a mulher que se julga "livre" e age "sem medo" acaba por sofrer atentados à sua honra dignidade e integridade. Ela sofre de assédio no trabalho na rua e onde quer que esteja. As mulheres modernas e as feministas convenceram-se à força de ideias e teorias de que o mundo as aceitava livres mas essa liberdade além de falsa é hoje um pau de dois bicos. Vira-se sempre contra si...se ela não tiver em conta a realidade que a circunda e como os homens nunca fizeram um trabalho paralelo - nem sequer estão interessados nisso - para que elas pudessem ser respeitadas na sua liberdade tão apregoada. Olhemos para França, o País da grande liberdade das mulheres, é onde hoje em dias mais mulheres são mortas diariamente pelos companheiros…
Trata-se agora e mais do que nunca urgente que a mulher perceba como essa liberdade se tornou uma espécie de ratoeira onde ela é apanhada facilmente.
A mulher tem de perceber que a sua liberdade está na sua Consciência de si...a saber como agir sem se expor ao predador… ela tem de seguir o seu sentir e instintos e não a moda nem as ideologias de género ou quaisquer "ismos" (feminismos e activismos) que dizem defendê-la...
A liberdade da mulher dentro do Sistema patriarcal e falocrático nunca foi garantida, nunca será garantida, a não ser a que a mulher busque a sua verdadeira identidade - em contacto com a sua substância, digo a sua essência - caso contrário ela continuará a ser sempre o bode expiatório do macho predador. Basta olhar em volta e perceber que cada dia que passa essa liberdade está mais em risco...
rlp
UMA ÁRABE EM PORTUGUÊS…
Diz ele diz ela*
As mulheres têm de cozinhar, diz ele.
A única coisa que cozinharei é a tua carne, diz ela.
As mulheres são criaturas do Inferno, diz ele.
Óptimo, foste avisado, diz ela.
Não se pode confiar nas mulheres, diz ele.
Podes agradecer-me depois, diz ela.
As mulheres têm de obedecer aos homens, diz ele.
Então, põe-te de joelhos e ordena-me que me dispa, diz ela.
As mulheres falam de mais, diz ele.
Cala-te e faz amor comigo, diz ela.
As mulheres existem para agradar aos seus amantes, diz ele.
Diz por favor e eu pensarei nisso, diz ela.
As mulheres apaixonam-se facilmente, diz ele.
Lembra-me outra vez o teu nome, diz ela.
As mulheres só sonham em casar-se, diz ele.
Não contenhas a tua respiração, diz ela.
As mulheres não sabem conduzir, diz ele.
Lembra-te disso quando eu te atropelar com o meu carro, diz ela.
As mulheres não se importam com o tamanho, diz ele.
Espero que não estejas a contar com isso, diz ela.
As mulheres devem ser espancadas quando se portam mal, diz ele.
De que é que estás à espera, diz ela.
As mulheres devem ser amarradas, diz ele.
Onde é que está a corda, diz ela.
As mulheres não suportam o sexo casual, diz ele.
Conta essa história a ti mesmo quando eu me for embora amanhã de manhã, diz ela.
Não esperes que eu fique para sempre, diz ele.
Isso é uma promessa?, diz ela
*O poema integra o livro "O Super-Homem é Árabe" e na apresentação foi dito pela autora, Joumana Haddad [ela] e José Mário Silva [ele].
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