O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, agosto 19, 2019

UM BREVE RETRATO SOCIAL



A FAMÍLIA REAL

A psicologia é um trabalho por suposto com o nosso inconsciente...com as nossas sombras...com os nossos traumas fobias, medos e complexos e eles estão quase todos ligados à Mãe...ao nascer e ao amparo que tivemos e não tivemos em crianças. Tem a ver com a forma como fomos recebidos a nascença... No entanto nascemos como que por acaso, queridos ou enjeitados e somos uma espécie de abortos neste mundo quantificado e alienado onde nem a mãe nem o pai são conscientes da dimensão anímica dos seres nem do que representa o nascer ou da responsabilidade de ter filhos. Eles não passam de seres por sua vez igualmente marcados pela ignorância dos seus pais e que tentam corresponder de geração em geração a padrões de existência em que o ser humano não conta senão em função do dinheiro ou de uma importância social qualquer, se são ricos remediados ou pobres ou miseráveis. Crescemos assim, de pais ignorantes aprumados com o Sistema de valores em vigor, com crenças ou credos e de mães sem essa essência feminina nem consciência de si como mulheres, verbos de encher, literalmente. Tudo começa aqui.
Há um Deus Pai todo poderoso e estupido que a religião impingiu à humanidade para a dominar e controlar e que criou seres incapazes de sentir e pensar de acordo com a sua humanidade profunda que hoje desconhecemos. Eis um pequeno quadro pagão da nossa miséria civilizacional. Somos filhos de gente cheias de complexos, doentes e cuja crenças e formas de pensar precária nos condicionou a fazer as coisas "certas" pelo padrão medíocre familiar politico e social . Feudos e famílias "imperiais", aristocráticas e burguesas onde a riqueza nome e herança como comercio faz das relações todas obediência e mercantilismo, e chegamos a idade adulta e tudo isso se desmorona ou não.
E afinal o que somos nós dentro deste manicómio que é o mundo? Seres convencidos e arrogantes ou seres perdidos em busca de um caminho...
Precisamos pois voltar ao principio e procurar em nós a essência do ser em vez de nos perdermos na selva das ideias e dos credos que nos impingiram as famílias e o estado ou as escolas e universidades. Vivemos num mundo de escravos e somos escravos do trabalho e do dinheiro...enfim...TEMOS DE SAIR DELE...e isso só cada um(a) por si...dentro de si o poderá fazer. Encontrar a nossa MÃE é vital porque é encontrar a nossa origem perdida, a linha matrilinear e aceder a um saber ancestral...e por isso é visceral e humano e diz respeito a esta Terra! Quem não respeita a Mãe, não respeita Terra, não respeita a Mulher!
rlp

Sem comentários: