"A gravidade da ferida psicossomática no caso da criatura humana vem dada pela natureza da catexia libidinal, que é uma catexia e um tipo de libido para um estado de simbiose; um fluido PERMANENTE que deve impregnar a simbiose e produzir a mútua inter penetração harmoniosa. Suzanne Blaise, quando analisa a mulher paleolítica como
'agente da evolução humana' destaca a capacidade específica da mulher de
'ocupar-se permanentemente de outros', como uma QUALIDADE FEMININA que o homem não tem, e não como o resultado da nossa escravidão milenar.
Essa qualidade e intensidade -seu fluir permanente- da libido feminina está diretamente imbuída na expansão da vida, e por isso a sua repressão produz uma ferida tão profunda e básica na criatura humana. E por isso a frustração e desespero do bebê afastado da mãe depois de nascer manifesta-se com um choro tão desesperado e terrível."
Cassilda Rodrigánez Bustos - O assalto ao Hades
(tradução Sabine Carlotti)
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