O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, fevereiro 07, 2023

um choque eléctrico...



A FALTA DA MÃE NO MUNDO, UMA VIDA SEM VIDA. O ERMO EMOCIONAL.
É a falta do amor da Mãe e ódio-inveja da mulher e do Útero que gera imagens grotescas e aberrantes como estas que estão a ganhar espaço numa sociedade totalmente alienada da sua essência e da essência do feminino.


"...um mundo sem a divindade MÃE é um mundo material desprovido de cor e vida, de matéria despida de significado, um mundo desvitalizado transformado em pedra.
(...) 
se é através das mulheres que muitos homens recebem alguns ingredientes essenciais à manutenção da vida, é lógico que tais homens se esforcem por controlar as mulheres, em especial se não gostam particularmente delas e não querem admitir a sua própria dependência.
(...) 
A sexualidade, criatividade e a procriatividade estão afectadas, por uma ferida que está presente quando estamos desligados do que sentimos.
A sexualidade pode manifestar -se então, maquinalmente, ou ser considerada como uma proeza em que um indivíduo se tornou perito, ou como uma expressão de poder e domínio. (Valores acalentadas pelo patriarcado, com a ênfase na aquisição de poder, levando à perda da alma e desvalorização da anima, ou do Feminino, tanto na mulher como no homem )
A criatividade é inibida por um juiz crítico (interno ou externo ) , céptico, denegrido ou perfeccionista. A atitude que prevalece é a exploração ou uso das pessoas como um recurso descartável.
Quando o rei ferido e dominador governa como arquétipo acima da cultura, família ou personalidade, acaba por surgir um ermo onde nada se desenvolve. O mandato do rei é para acumular poder e erigir defesas seguras. Acontece que são esses os valores que também governam numa cultura patriarcal. Tempo e energia para sentimentos pessoais, laços emocionais, expressividade e individualidade, amigos íntimos, (...) são concedidos de má vontade.
Não se ter acesso a essas fontes de renovação pessoal mina, finalmente, a capacidade de ser criativ@ , de disfrutar a sexualidade ( não a pornografica ) e a sensualidade, de se ter sentido de humor ou de se ser afectuos@ .

QUANDO É QUE HÁ TEMPO?

A matriz maternal que as mulheres oferecem sustenta a vida.
Uma explicação pela perda devastadora que grande parte dos homens sente quando as mulheres os deixam , e, para o seu frequente comportamento estranhamente irracional e até destruidor, que muitas vezes depende muito mais da perda dessa matriz ( a mãe partiu ) do que com a perda daquela mulher em si.
O PODER DA DEUSA, QUE SE MANIFESTA POR MEIO DAS MULHERES, É UMA MATRIZ EMOCIONAL que convida a uma fusão ou simbiose inconsciente e transmite uma sensação de "chegada a casa "."

"" Jean shinoda bolen - psiquiatra / escritora

1 comentário:

Vânia disse...

Bom dia Rosa, sim é isto mesmo. Ainda ontem partilhei a uma amiga que tudo o que me faltou na Vida foi Mãe. Abraço