O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, maio 18, 2023

Temos de voltar a Essência primeira...



EM TODOS OS TEMPOS, desde que o patriarcado se instalou, e a teia constitutiva da natureza e da Mulher mãe foi desfeita, ANULADA a força original da mulher, o conhecimento humano foi todo ele submetido a uma única ideia e pensamento, o masculino- "penso logo existo" - e hoje ainda, quase todos os intelectuais e filósofos e psicanalistas partem das mesmas premissas erradas (de poder) sobre as mulheres - mesmos os mais modernos, adoptam em relação às mulheres as ideias e os conceitos de uma época passada. Tal como Freud, pensava "que as mulheres são intelectualmente inferiores, têm um super-eu mais fraco, são pouco talentosas para a sublimação, são narcisistas, invejosas, rígidas, etc.", a grande maioria dos "grandes homens" do conhecimento, referências em todas as universidades, pensam em relação a mulher como os mais preconceituosos religiosos e estadistas no mundo. Eles nunca vão para lá dos seus enunciados teóricos e religiosos, os mais arcaicos.
Perante o argumento de que as mulheres hoje em dia são na sua maioria também formadas nas universidades e académicas, essas mesmas mulheres académicas, professoras, advogadas, doutoras e escritoras, partem quase todas, das mesmas premissas que os homens seus guias e mentores e professores e mestres "consagrados" pelo sistema que as controlam e submetem e vulgarmente as "seduzem" - como recentemente se percebeu como nas universidades e lugares de relevo, os supostos homens sábios e mais velhos tenteriam a abusar das suas alunas etc., o que era tacitamente aceite e escondido ....
Na verdade, todas essas mulheres, não sabem a origem ou fonte da sua força nem sabedoria inata (pois não reconhecem o seu lado instintivo, o lado telúrico e ontológico que as liga ao útero e ao coração) e enchem-se de conceitos e pensamentos masculinos - adquirem um ego masculino - sobre a sua própria existência VAZIA tal como os homens.
AS mulheres não são existencialistas, tal como Simone de Beauvoir premissa da qual ela partiu, apêndice de Sarte, elas são essencialistas mas desconhecem a sua essência humana e divina. Elas são as iniciadoras dos homens (como diz Étienne Guillée) tal como são as mães d@s filh@s, as geradoras da espécie, e que alimentam a criança no ventre e depois no seu colo, elas são as criadoras do sentido de pertença e união... mas elas não sabem o seu Dom inato - perderam-se de sim mesmas e perderam o fio da meada...há muito que deixaram de ser as TECEDEIRAS da vida e do amor...
Temos de voltar a Essência primeira, à Matriz original do Mundo porque é o FEMININO essencial, o lado do Ser que nos levará de novo à Consciência do Sagrado na Terra e da Mãe!

rosa leonor pedro

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