O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, junho 22, 2023

A MULHER E A BUSCA DO ABSOLUTO



EM BUSCA DA MULHER MÍTICA



"A satisfação das necessidades materiais mesmo não elementares não conduzirá nunca a progressos correspondentes da consciência. O inverso não é verdadeiro, ou seja, não é necessário privar as pessoas a todo o custo, fazê-las sofrer de qualquer modo, para as fazer evoluir, o que significaria que temos que adoptar um comportamento masoquista ou sádico. De facto, penso que existe no casal alquímico uma dinâmica subtil. Pode ser que eu tenha acesso melhor ao meu duplo descobrindo-o no olhar do outro, o olhar do outro desempenhando o papel de espelho para ver a outra face de minha dupla alquímica, e reciprocamente. Estou interessado na busca do absoluto. Humanamente, eu só tinha três soluções. Seja a mulher mítica, seja todas as mulheres com os seus limites desesperantes, seja nenhuma, e minha liberdade estava condicionada pelos meios que eu utilizaria para descobrir essa mulher ideal. Para mim esse esforço e esse caminho de conhecimento são ligados ao sagrado, à busca da mulher mítica." *


A MULHER QUE É

 
“Aquilo que o ocidente reprime na sua visão da natureza é o ctónico, termo que significa “da Terra”, mas das suas entranhas, não da superfície.” (Camille Paglia)

Muitas "espiritualidades" recentes (modismos) e novíssimos autores, procuram branquear a história e a realidade que é o apagamento global das qualidades intrínsecas das mulheres para passar a lidar com a pseudo-emancipação destas como um dado garantido...para garantir, dizem, a "evolução" do ser humano como um todo, como igual. Todavia, sem que a Mulher esteja na posse do seu mat(er)rimónio (não pat(er)rimónio), ou seja, da herança ancestral da linha matrilinear, que passa por uma consciência ontológica antes de mais, sim antes dos aspectos sociais e economicos ou profissionais que lhe dariam uma suposta "liberdade". A mulher precisava de ter e refazer a sua ligação a Terra, ao CTÓNICO justamente e portanto voltar às suas raízes! Isso implica uma integralidade do Ser Mulher, e a integração dos vários estereótipos (ou as pseudo -"deusas" em que a mulher é dividida ainda, tal como foi dividida pela mitologia e pelas religiões há seculos), vivendo ainda hoje completamente fragmentada ao nível da sua psique, como se a mulher fosse apenas os variados aspectos do seu temperamento e nesse olimpo ela se perdeu de si e mulher que é. Assim, só quando a mulher deixar de viver alienada da sua natureza profunda (forças ctónicas, coração, útero sangue e ovários) poderá recuperar a sua verdadeira identidade e ser una, um ser autêntico na plena posse dos seus atributos de mulher amante e mãe. Até lá a mulher que continua a querer ser igual ao homem e a defender o que o Homem pensa e quer ou a "ciência" dita e as farmacêuticas, ela nunca será ela mesma!
Porque aquilo que o ocidente reprime na Mulher é a Mulher que é... a verdadeira mulher que o feminismo ajudou a deformar desviando-a das suas raizes ancestrais. O feminismo foi uma manobra de homens para conseguir mão de obra barata e impedir as mulheres de educar os filhos...e está a vista o que conseguiram, que agora os homens se transformassem em mulheres... iguais a elas... ou seja, nem homens nem mulheres...
rlp


* IN O HOMEM ENTRE O CÉU E A TERRA - ETIENNE GUILLÉ


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