O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, junho 03, 2023

Liberdade, igualdade e fraternidade são três divindades da alma



Liberdade, igualdade e fraternidade são três divindades da alma; elas não podem realmente ser realizadas pelos mecanismos externos da sociedade, nem pelo homem enquanto ele viver apenas no ego individual e no da comunidade.
Quando o ego exige liberdade, alcança o individualismo competitivo. Quando reivindica igualdade, primeiro entra em conflito, depois tenta fechar os olhos para as variações da natureza e não conhece outra maneira senão construir uma sociedade artificial e mecânica.
Uma sociedade que busca a liberdade como um ideal, é incapaz de alcançar a igualdade; uma sociedade que busca a igualdade será forçada a sacrificar a liberdade. E falar de irmandade para o ego é falar de algo contrário à sua natureza. Tudo o que ele sabe é associação à busca de fins egoístas comuns; tudo o que ele é capaz é uma organização mais rigorosa para distribuir trabalho, produção, consumo e prazeres igualmente.
E, no entanto, a irmandade é a chave para o triplo evangelho da ideia de humanidade. A união de liberdade e igualdade só pode ser alcançada através do poder da irmandade humana; não pode ser baseada em mais nada. Mas a irmandade existe apenas na alma e na alma; não pode existir por mais nada. Porque esta fraternidade não é uma questão de parentesco físico, associação vital ou acordo intelectual.
Quando a alma pede liberdade, é liberdade para se desenvolver, para desenvolver o divino no homem e em todo o seu ser. Quando ela reivindica igualdade, o que ela quer é essa mesma liberdade também para todos, e o reconhecimento de uma alma, a mesma divindade em todos os seres humanos. Quando procura a fraternidade, baseia esta igualdade de liberdade de desenvolvimento num objetivo comum, uma vida comum, uma unidade de pensamento e sentimento, baseada no reconhecimento da unidade espiritual interior.
Na verdade, esta trindade constitui a própria natureza da alma; para a liberdade, igualdade e unidade são os atributos eternos do Espírito. Praticamente reconhecendo essa verdade, despertando a alma no homem e tentando fazê-lo viver na sua alma e não no seu ego, tal é o significado interior da religião, e é nisso que a religião da humanidade deve se tornar também para ser realizada na vida Do tipo. '
Sri Aurobindo
O ideal da unidade humana, 1919


1 comentário:

Vânia disse...

Bom dia, eu gostei muito desta leitura, mas Rosa as pessoas andam com o nariz enfiado no próprio umbigo e não há volta a dar. As pessoas estão todas desprovidas de emoção e sentimentos. Parecem zombies. Parece que falo para o boneco. Interagir com pessoas é de fugir. Tenho 2 ou 3 amigos por aqui e basta me. Não sei lidar com a indiferença com a estupidez com a ignorância. Não sei e qualquer dia acabo comigo. Este mundo não é para mim. Desculpa me mas não aguento viver no meio da corrupção e estupidez. Sou humana e necessito descansar para sempre.