ESFINGE
Nasci antes de Cristo, muitas vidas antes de Buda ou Maomé,
Vivi em Atlântida e Mu, muito antes da Queda.
Conheci os egipsios, vivi nos seus Templos antigos,
fui iniciada nos Grandes Mistérios, antes mesmo das Pirâmides de Gizé.
Viajava no Nilo entre as duas terras, era fiel a Hapi e a Ptah.
Lia nas estrelas a glória de Nout e cantava nas festas a Hathor!
Ah! era dourada a sua imagem e como os teus
os seus olhos brilhavam doces na alvorada...
Outras vezes iamos ver Shekmit, evocar a deusa Bastit,
a quem me ensinavas a amar nas noites de luar.
E como a gata do templo, tu dançavas e esvoaçavam as tuas vestes,
deixando antever o teu corpo nu de estátua...
E eu extasiada pela tua excelsa visão, não sabia se eras tu
ou a própria deusa encarnada quem para mim dançava!
Nesse tempo era feliz...
Amava a vida e a Terra ainda era sagrada!
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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